Em 1838, em uma cidade chamada Khajuraho, na Índia, um oficial britânico encontrou diversos templos milenares abandonados, completamente tomados pela vegetação.
Olhando mais de perto, ele reparou que esses templos eram todos entalhados com esculturas que reproduziam cenas eróticas.
Estavam bem ali, diante de seus olhos, paredes que revelavam cenas que remetiam ao texto indiano Kama Sutra.
Esses templos haviam sido construídos entre os anos 950 e 1050 d.C., durante uma dinastia de governantes chamada Chandela.
Posteriormente, o local foi abandonado, devido à mudança da capital do reinado, e os templos permaneceram isolados do mundo e preservados contra invasores.
Além de cenas eróticas, as obras reproduzem divindades, reis, guerreiros, ninfas, seres mitológicos, em momentos de festejo, dança, ou mesmo em atividades simples do quotidiano.
A maior parte dos templos ostenta cúpulas alongadas, que buscam o céu, e que se inspiram no formato Monte Meru, sagrado para os hindus.
Uma das esculturas que chama a atenção por sua beleza é aquela da ninfa envolta em um sári molhado. Além disso, coçar as próprias simboliza o desejo.
Algumas esculturas reproduzem cenas que parecem desafiar as leis da física e nos fazem questionar sobre nossa própria elasticidade.
Já outras esculturas, por sua delicadeza, contrastam com as que reproduzem o ato sexual, como a ninfa se maquiando e uma mãe ninando seu bebê.
Um fato interessante é que não há esculturas eróticas no interior dos templos, mas apenas em suas paredes externas.