Em nossas férias do ano 2019, tínhamos 30 dias e resolvemos dividir metade do tempo para fazer um roteiro no México (somente península de Yucatán) e, por outro lado, metade para o Panamá.
Neste post, falarei apenas sobre o México, que elegemos como destino, em razão de suas lindas praias caribenhas e sua rica cultura, especialmente as reminiscências do Império Maya.
Este foi, então, nosso itinerário:
O México, sobretudo a Península de Yucatán, é uma excelente região para viajar! As pessoas são muito simpáticas e afáveis, além disso, muitos falam português e todos se esforçam para entender nosso “portunhol”.
Alugamos um carro por 15 dias e o preço foi bastante justo, ou seja, um total de U$215 (dólares americanos), com seguro. Pesquisamos pela Rentals (site que compara preços de aluguéis de carros) e alugamos com a National.
A moeda usada no México é o peso e, na época em que fomos, cada dólar valia entre 17 e 19 pesos, dependendo da casa de câmbio.
Voamos pela Copa Airlines do Brasil para a Cidade do Panamá, capital do Panamá, que é um hub aéreo internacional. Em seguida, apanhamos um voo direto para Cancún, México.
Em Cancún, ficamos em um hotel no centro, econômico, porém muito bom, chamado City Express (U$55,00 o casal), pois não é nosso perfil ficar vários dias em resorts, gastando um dinheirão e presos a um só lugar. Mas Cancún é repleto de resorts, com opções para todos os gostos. Isso inclusive é, segundo a opinião de muitos, um problema, porque a praia está toda tomada por essas construções, em sua maioria, feias.
Pela manhã, curtimos uma praia na orla de Cancún. Preferimos a praia Delfines, que é a mais afastada e considerada a mais bonita da zona hoteleira. A água é azul turquesa e a areia branquinha.
À tarde, o destino era Isla de las Mujeres.
É possível cruzar para essa ilha a pé ou com carro. As balsas para pedestres são mais frequentes e saem de diversos pontos de Cancún, ao passo que a balsa para veículos sai somente de um local chamado Punta Sam, ao norte de Cancún. Se há três ou mais pessoas para cruzar em balsa, vale a pena levar o carro, pois o preço do bilhete para travessia de veículos inclui o preço da travessia de passageiros. Além disso, o preço da travessia de passageiros é um pouco salgado.
Quando chegamos em Punta Sam, ainda faltavam duas horas para a balsa, pois as informações de companhias e horários estavam desatualizadas na internet. A única companhia que estava operando a travessia de veículos, na data em que fui, era a Ultramar Carga. Dessa forma, é bom verificar se a tabela de horários disponível pela internet está atualizada.
Assim sendo, compramos o bilhete para a travessia e fomos aproveitar o tempo que faltava para embarque na Isla Blanca, uma praia linda que fica ali nas proximidades, razoavelmente inexplorada, com água azul turquesa e areia branca. Como ela não é comumente incluída em um roteiro no México, ela fica geralmente vazia. No quiosque da praia, almoçamos um peixe frito fresquinho, com cerveja.
Assim que chegamos na Isla de las Mujeres fomos até a Punta Sur, para ver o pôr do sol. Ali se encontram ruínas mayas dedicadas à Ixchel, deusa da fertilidade, abundância e amor, que criam um cenário mágico para o pôr do sol.
Ficamos hospedados no hotel Maya Casitas, por U$67,75 (o casal), no centrinho da ilha, que é um charme! Caminhando pelos boulevards estreitos, víamos lojinhas, tendas de artesanato, bem como muitos bares e restaurantes. Quando passamos pela praça onde fica a igreja principal, estava acontecendo uma apresentação de dança típica mexicana, com habitantes da ilha dançando, vestidos a caráter.
Naquela noite, jantamos comida típica mexicana – fajitas – no restaurante La Lomita, um lugar simples, entretanto, delicioso (também recomendado pelo guia de viagens Lonely Planet). “Fajitas” são tiras de frango, carne ou peixe feitas na brasa, com tortilhas e molhos diversos.
Infelizmente, a maior parte da orla marítima da Península de Yucatán está tomada por resorts, hotéis e clubes de praia. Então, não restam muitas opções para curtir o dia na areia da praia, deitado despretensiosamente sobre uma canga.
Dessa forma, em Isla de las Mujeres, acabamos por contratar um day use no Parque Garrafón, na praia Garrafón. Mas foi divertido, porque a diária incluía tirolesa, uso de caiaques, uma área para snorkel e equipamento. Incluía também bebidas à vontade e buffet de comida, por aproximadamente U$100,00 o casal.
A tirolesa foi muito divertida! O snorkel foi razoável e o caiaque foi fraco, pois a área para remo era muito limitada.
Deitamos nas espreguiçadeiras, enquanto tomávamos drinks diversos (margarita, piña colada etc.) e cerveja, apreciando as lindas águas azuis.
No final da tarde, apanhamos o ferry para retornar a Cancún.
De lá, dirigimos até Playa del Carmen (aproximadamente 70 km). Playa del Carmen é uma cidade praiana incrível. Um charme! Seus boulevards são repletos de restaurantes internacionais, bares descolados, lojas chiques e baladas. Ou seja, é um ponto que não pode faltar em seu roteiro no México.
Nos hospedamos no hotel boutique Caribbean Paradise, que tinha uma piscina na cobertura, por U$61,00 o casal (muito bom, embora o café da manhã fosse fraco).
À noite, caminhamos pelos agitados boulevards, onde é proibida a passagem de carros, e fomos no fabuloso bar “pé-na-areia” chamado Fusion, que tinha banda ao vivo de Reggae e apresentações de malabaristas com fogo.
Mais tarde, jantamos em um outro restaurante (na verdade, era também um “sports bar”, porém mais “sofisticado”), que servia excelentes fajitas.
Curtimos a manhã em Playa del Carmen na praia, em um beach club chamado Mamita. Pagando o preço de aproximadamente U$40,00 o casal, era possível utilizar as dependências internas (banheiros, etc.) e as espreguiçadeiras. Além disso, boa parte deste valor era revertido em consumação. Gastamos nossa consumação, dessa forma, com deliciosos drinks, como margarita, gin tônica etc.
Almoçamos em um restaurante no centrinho turístico chamado Parrillada, de comida mexicana típica (sensacional!). Os “mariachis” vinham tocar violão para nós, nas mesas, mediante uma módica contribuição. Você irá fatalmente cruzar com mariachis em seu roteiro no México, pois eles estão por toda parte!
À tarde, fomos visitar o interessantíssimo museu da pintora e ativista Frida Kahlo, onde nos inteiramos um pouco mais da trajetória de vida desta sofrida mulher. Este não é o museu principal de Frida, pois o principal fica na capital. Mas mesmo assim, valeu a pena, pois sou sua fã!
É a partir de Playa del Carmen que se cruza para a bela ilha de Cozumel, uma ilha que não pode faltar em um roteiro no México. Há balsas para pedestres e igualmente para carros. As de pedestres, saem de diversos pontos. As para veículos, saem apenas do terminal de Calica, ao sul de Playa del Carmen. A companhia que faz a travessia é a mesma que utilizamos para Isla de las Mujeres, ou seja, a Ultramar.
Acordamos bem cedinho para fazer nosso curso de reciclagem em mergulho de cilindro, com a agência Deep Blue, recomendada pelo guia Lonely Planet.
Fizemos este curso de reciclagem porque, embora tivéssemos o certificado internacional da PADI, não mergulhávamos havia muito tempo. Nossa instrutora, Alejandra, era uma graça de pessoa!
Almoçamos rapidamente umas quesadillas leves (quesadillas são como um “crepe”, normalmente de queijo, enquanto que enchilladas são quesadillas com molho por cima).
Na parte da tarde, fizemos duas saídas de mergulho, com cilindro. A agência Deep Blue organiza tudo, inclusive o barco, e deixa todo o equipamento montado! São ótimos. O preço do mergulho (com duas saídas) é de aproximadamente U$90,00 por pessoa, com equipamento incluído.
Mergulhamos nos arrecifes San Francisco e Yucab, que ficam dentro do Parque Nacional de Cozumel. Vimos tartarugas gigantescas, polvo, lagostas e peixes variados.
Se possível, inclua um mergulho em seu roteiro no México, pois vale a pena!
Na data em que fomos, aproximadamente dois terços do parque nacional estavam fechados, para a recuperação dos corais, então os arrecifes de Palancar, Santa Rosa (que são os mais famosos) etc. estavam interditados. Estava igualmente proibida a visitação ao famoso arrecife de El Cielo, popular pelos tours de um dia (e que costumam lotar demais o local).
Retornamos do mergulho e descansamos um pouco. À noite, jantamos no restaurante Kinta, recomendado pelo Lonely Planet, que servia deliciosos drinks (mojitos, margaritas etc.) e pratos de frutos do mar. Jantamos, dessa forma, polvo e camarão.
Logo que acordamos, fomos tomar café da manhã e caminhamos um pouco pelo centro. Em seguida, pegamos o carro e fizemos a volta completa da ilha, parando em diversas praias lindas, começando pelo lado de mar aberto, passando por:
– El Mirador (nessa, havia uma pedra furada).
Centrinho de Cozumel:
Praia Chen Río:
Praia El Mirador:
Paramos, por fim, na Playa Palancar, que fica no lado abrigado da ilha, onde passamos a tarde toda. Essa praia é absolutamente maravilhosa, com águas azuis e calmas, sem vento. Fiz snorkel e vi uma arraia e um denso cardume com milhões de peixinhos. No restaurante da praia, tomamos cerveja e almoçamos fajitas mistas.
Playa Palancar - a praia mais bonita:
Voltamos ao centro da ilha, onde pegamos a balsa para retornar ao continente e continuar nosso roteiro no México. Nesse meio tempo, assistimos ao sol se pôr, por detrás do mar.
Chegando no continente, dirigimos até Tulum (aproximadamente 70 km), onde ficamos por duas noites. Dormimos no Tooj Cheel Lodge, um hotel de mata, com preço de aproximadamente U$53,00 o casal, por noite, com café da manhã incluído. Além disso, jantamos no Burrito Amor, uma lanchonete especializada em burritos, muito boa e barata.
Se destacam pela beleza aqueles localizados no Parque Dos Ojos. Esse parque tem dois cenotes interligados, além de alguns outros isolados.
Os dois cenotes principais são interligados por um sistema de cavernas espetacular, repleto de estalactites e estalagmites. O mergulho com cilindro é uma atividade popular ali. Mas o snorkel não deixa a desejar e, além de mais barato, é menos complicado, em termos de logística: e a maior parte do que é visto no mergulho com cilindro pode ser vista da superfície, com snorkel.
Quando chegamos ao Parque Dos Ojos, pela manhã, havia pouca gente. Perambulamos ao redor dos dois olhos d’água, que tem uma cor de azul turquesa estonteante.
Embora seja permitido nadar com snorkel na parte principal dos cenotes, não é permitido entrar nas profundidades das cavernas sem um guia. Então, resolvemos fazer um tour guiado de snorkel, que valeu muito a pena e definitivamente merece ser incluído no seu roteiro no México.
Nos esgueiramos entre os estreitos labirintos, tentando não encostar nas estalactites e estalagmites. Na água, havia peixinhos.
O percurso durou aproximadamente 1h30.
Saindo de Dos Ojos, fomos até o lindo cenote Nicte-Ha, coberto de vitórias-régias, que fica dentro do mesmo parque (mas que tem um custo adicional para entrar).
Almoçamos no Oscar e Lalo, restaurante que tem um agradável jardim, que fica na estrada voltando para o centro de Tulum.
De lá, seguimos para as Ruínas de Tulum, uma das mais importantes do Império Maya. Elas estão estrategicamente situadas na costa, para observar a vinda de inimigos por mar e funcionar como fortaleza. À frente das ruínas, há um arrecife de corais e os barcos de invasores frequentemente colidiam com esses corais, afundando. Porém, os habitantes da antiga cidade sabiam exatamente onde passar, atravessando por uma fenda existente entre os corais.
As estruturas mais belas deste sítio arqueológico são o Templo do Deus dos Ventos, que fica na beira do penhasco, e o Castelo, que é a maior construção.
Destacavam-se das outras civilizações congêneres porque dominavam a escrita. Ademais, eram bastante avançados nos estudos da matemática e da astronomia. (Fonte: Wikipédia).
Não caia no “golpe do estacionamento”! Ao chegar na ruela que leva às ruínas, uma pessoa uniformizada e com crachá de guia oficial nos ofereceu estacionamento e disse que todos mais à frente estavam lotados. Assim, acabamos parando. Acontece que esse estacionamento custou quatro ou cinco vezes mais caro que os próximos, os quais tinham, sim, vagas! Além disso, é possível estacionar gratuitamente na rua da saída das ruínas.
O centrinho de Tulum é uma delícia, cheio de bares, restaurantes e lojinhas. Jantamos em um restaurante que chama-se El Gourmet, e provamos iguarias inéditas para mim, como alcachofra gratinada com queijo e um taco de massa folhada, recheado com camarões grandes e queijo – tudo regado a muita margarita! Aliás, ao fazer um roteiro no México, você provavelmente tomará margaritas todos os dias!
Outro cenote de grande beleza, localizado em Tulum, é o Gran Cenote onde mergulhamos com tartarugas e peixes.
Em seguida, apanhamos a estrada em direção ao sul, para Bacalar, uma pequena vila que fica às margens da lagoa que leva o mesmo nome – Laguna Bacalar – e que tem as águas mais azuis que já vi em uma lagoa!
A Lagoa Bacalar não é normalmente incluída em um roteiro no México, porque é um pouco distante. Porém, embora a viagem seja um pouco longa, vale MUITO a pena ir para esta região.
Ao redor da lagoa, há diversos hotéis incríveis. Ficamos em um lodge, chamado Villas Ecotucán, com chalés ecológicos e que tinha um cais sobre a lagoa.
O hotel disponibilizava caiaques, para quem quisesse remar, e assim fizemos, até o sol se pôr.
Jantamos no hotel ao lado do nosso, chamado Casa Kukulcán (que era inclusive melhor que o nosso!).
O passeio de lancha na Lagoa Bacalar é algo imperdível, sem o que é impossível vislumbrar as várias nuances do azul da lagoa (embora, em geral, eu não goste muito desse tipo de passeio).
Contratamos uma lanchinha ali no centro da vila mesmo, e o preço era bastante justo (entre 200/250 pesos mexicanos por pessoa, o que equivale a U$10/15). As lanchas são bem simples, mas isso não importa, porque a cor da água é espetacular!
Os passeios normalmente passam por:
5) Entrada do Canal do Pirata: o Canal do Pirata era o caminho que os corsários percorriam para chegar do mar do caribe à costa da lagoa. A lancha vai até a entrada do canal, que tem uma área para banho sensacional e argila branca bastante nutritiva (você vai ver pessoas passando essa argila na pele!).
Retornamos à costa e almoçamos em um restaurante chamado La Playita, que fica na beira da lagoa e conta com um deck para os banhistas. Comemos tacos recheados com camarões (em abundância!), por apenas 130 pesos mexicanos (ou seja, aproximadamente U$7).
Em nosso primeiro dia em Mérida, apenas caminhamos pela cidade, apreciando sua arquitetura colonial.
No local onde atualmente se situa Mérida, havia uma vila do Império Maya, que foi invadida pelos espanhóis em 1542. Os invasores e seu líder, Francisco de Montejo (O Jovem), ao chegarem no local, encontraram um assentamento que lembrava aquele existente na cidade de Mérida, na Espanha e, como resultado, deram o mesmo nome àquela terra. Todavia, os invasores passaram a destruir as estruturas mayas e a usar o material para construir catedrais e prédios oficiais. Mérida estava submetida diretamente às ordens da coroa espanhola – e não da capital, Cidade do México. Isso perdurou até a Guerra das Castas, no Século 19 (Fonte: guia Lonely Planet).
Passamos pela Plaza Santa Luzia, Plaza Grande e Catedral San Idelfonso, bem como pela Casa de Montejo, entre outros prédios históricos e de interesse turístico.
Perambulamos, sem rumo, pelas lindas ruelas de casas coloridas, sendo que as Ruas 60 e 62 são as mais bonitas.
À tarde, fomos tomar uma cerveja e jantar no mesmo PUB, Hennessy’s.
Passamos, ainda, por uma loja/museu de chocolate, onde explicam o processo de produção desta iguaria. Ao final do tour, você é levado à loja e há diversos sabores de chocolate à venda.
Estátua de um deus Maya, segurando um cacau:
À noite, fomos assistir à imperdível Vaqueria, uma apresentação de dança típica desta região do México, que ocorre na praça principal (Plaza Grande). Além de dançar a caráter, os artistas faziam passos audaciosos, equilibrando bandejas, garrafas e copos cheios na cabeça, sem derrubá-los! O espetáculo é gratuito.
Acordamos bem cedinho e fomos às ruínas de Uxmal, uma das principais e mais belas ruínas do grande Império Maya, que fica a 70 km de Mérida. Há poucas opções de hospedagem perto das ruínas, por isso, decidimos utilizar Mérida como base para visitar o local.
Logo que entramos no sítio arqueológico, nos deparamos com sua estrutura mais impressionante, ou seja, a Casa do Adivinho, um templo com 35 metros de altura, que tem a base em forma ovalada (e, portanto, não usual para as construções da época).
Em seguida, fomos até o Palácio do Governador, uma grande estrutura, com uma fachada de aproximadamente 100 metros, esculpida em alto relevo com figuras geométricas e com retratos de Chaac, o deus da chuva.
Ao lado desta estrutura está o Templo das Tartarugas, em cujas fachadas estão esculpidos esses animais, que eram associados ao deus da chuva, Chaac.
Seguindo mais um pouco, chegamos à Grande Pirâmide, com 30 metros de altura e 9 patamares, e subimos até seu topo.
O “Juego de Pelota” (jogo de bola), típico dos mayas, era uma brincadeira nada saudável, na qual os times tinham que acertar uma bola de borracha através de uma argola de pedra. Os times eram formados por escravos e o time perdedor era sacrificado (sim, os perdedores eram mortos!).
Na imagem abaixo, a quadra do famigerado jogo:
Por fim, passamos pelo Quadrângulo das Monjas, um claustro usado como academia militar e escola real. As longas paredes internas do quadrângulo são repletas de esculturas de deuses Mayas, serpentes aladas (chamadas de Kukulcán), entre outros.
Mérida conta com diversas “haciendas” (fazendas) em seus arredores. Saindo de Uxmal, paramos em uma chamada Pedro Occhil. Os passeios às haciendas são uma atividade muito popular na região, pois seus proprietários eram abastados e colecionavam obras de arte. Dessa forma, vale a pena incluir a visita a ao menos uma delas em seu roteiro no México.
A que visitamos possuía uma galeria e um museu, fontes, linha de trem e um restaurante, tudo dentro de uma mata muito frondosa.
Seguimos, então, para a linda cidadezinha de Valladolid, berço da cultura Maya, que ficava a 160 km de Mérida. A cidade igualmente é um ponto turístico famoso, por ser cercada por lindos cenotes.
Nos hospedamos em um charmoso Hotel Boutique chamado Saasta, que ficava no Boulevard principal da cidade, em meio a lojinhas, restaurantes, bares, bem como galerias.
Depois que perambulamos pelas ruas, fomos tomar um drink e jantar em uma taqueria (lanchonete de tacos), ao lado do hotel.
As ruínas datam de antes do Século 9, tendo sido abandonadas logo depois, por razões desconhecidas. Em contrapartida, os assentamentos foram retomados no Século 10. Em seguida, Chichén Itzáfoi invadida pelo povo Tolteca, uma civilização extremamente sanguinária, vinda dos planaltos centrais do México. Os povos eventualmente se fundiram e incorporaram a cultura um do outro (por exemplo, a arquitetura, religião, hábitos, etc.) e até mesmo os rituais de sacrifícios humanos, que viraram praticamente uma obsessão. Dessa forma, há diversas esculturas em alto relevo nas paredes dos templos retratando os sacrifícios, inclusive de crânios.
Chichén Itzá foi definitivamente abandonada no Século 14, também por razões desconhecidas. Contudo, estas ruínas são resquícios de uma grande cidade que chegou a abrigar 90.000 habitantes (Fonte: Lonely Planet).
El Castillo (ou o Castelo) é igualmente conhecido como Pirâmide de Kukulcán, a serpente alada. A primeira versão desta pirâmide foi construída no ano 800 d.C. Observe-se que os Mayas faziam seus calendários nas grandes pirâmides que construíam. Em outras palavras, as pirâmides eram grandes calendários! A pirâmide de Chichén Itzá não foge à regra. Cada um dos 9 patamares horizontais é dividido ao meio por uma escadaria vertical, resultando em 18 terraços separados, que representam os 18 meses de 20 dias do ano Maya. Cada um dos 4 lances de escadas conta com 91 degraus e, somados, juntamente com a plataforma do topo, chegam ao total de 365, ou seja, o número de dias do ano!
Depois que humanos eram sacrificados, seus corpos eram descartados nestes cenotes. Ao lado do Cenote Sagrado, encontramos a ruína de uma pequena sauna que ali funcionava.
O ossuário ou Tumba do Grande Sacerdote é uma pequena pirâmide, com esculturas de cabeças de serpente em suas bases.
O Observatório ou El Caracol era o local a partir de onde eram feitos os pronunciamentos de interesse geral, por exemplo, avisos, convocações para eventos, celebrações e colheitas, entre outros. Ali do mesmo modo funcionava um observatório do céu.
– Edifício das Monjas e Igreja: o massivo Edifício das Monjas funcionava tal qual um palácio para a realeza Maya. A Igreja, que é uma ruína anexa, tem a fachada coberta de esculturas em alto relevo.
– Templo das Mil Colunas e Templo dos Guerreiros: conforme o próprio nome diz, o Templo das Mil Colunas é repleto de dezenas (talvez centenas) de pilares. O Templo dos Guerreiros, que fica em anexo, é igualmente adornado com esculturas de guerreiros, faces de animais e divindades, inclusive do deus da chuva, Chac-Mool.
– Plataforma de Vênus: plataforma adornada com esculturas de plantas, flores, bem como animais.
A Plataforma das Águias e Jaguares é adornada com esculturas destes animais arrebatando corações humanos, com suas garras. Segundo relatos, era dedicada às legiões militares responsáveis por capturar vítimas de sacrifícios.
A Plataforma de los Crâneos é adornada com esculturas de centenas de crânios e águias devorando corações. Isso porque, nesta plataforma, eram exibidas as cabeças decepadas das vítimas de sacrifícios.
O Gran Juego de Pelota (ou seja, grande jogo de bola) e Templo de Jaguares e Escudos é o maior campo de jogos de bola do mundo Maya. Em suas muradas estão igualmente esculpidas em alto relevo sinistras cenas de jogadores sendo decapitados e águias devorando seus corações. Apenas para relembrar, este era um jogo típico maya, no qual os times tinham que acertar uma bola de borracha através de uma argola de pedra e os jogadores do time perdedor eram sacrificados.
Passamos, além disso, por uma casinha típica dos Mayas:
Um fenômeno interessante é a acústica do lugar: nesse sentido, ruídos ecoam em longas distâncias.
Por fim, para saber mais sobre as outras ruínas da região, não deixe de conferir o post da Dani – Ruínas Maias Chichen Itza, Cobá, Uxmal e Tulum.
Por outro lado, para informações sobre as ruínas maias de Teotihuacán, confira o blog Viajando com a Cíntia: ruínas de Teotihuacan.
Logo que saímos das ruínas, fomos ao lindíssimo cenote Ik Kil, que fica nas proximidades. É um dos mais bonitos que vi no México, embora estivesse lotado. Trata-se de um poço profundo, com plantas trepadeiras que descem desde sua boca, até a água.
À noite, fomos igualmente ao barzinho/taqueria da noite anterior para comer uma pizza.
Acordando mais uma vez bem cedo para evitar a multidão e fomos ao cenote Suytun, que tem uma passarela de pedra até seu centro, sendo, nesse sentido, um dos cenotes mais fotografados do México.
No entanto, já no primeiro horário, havia uma fila imensa de visitantes para tirar fotos.
Nesse meio tempo, houve uma apresentação de um ritual típico dos Mayas, com incensos, instrumentos musicais (tambor, flauta) e dança, feita por artistas de rua (contribuições são bem aceitas, porém, opcionais).
Em seguida, fomos ao complexo Dzitnup, onde estão localizados os cenotes X’Kekén e Samulá, ótimos para banho.
Retornamos para o centrinho de Valladolid e visitamos, dessa forma, a Igreja e Ex-Convento de São Bernadino de Siena.
Almoçamos em um restaurante muito bom, segundo recomendação do guia Lonely Planet, chamado Yerba Buena (que significa “hortelã”, em espanhol), na frente da igreja.
Logo cedo, dirigimos de Valladolid até a pequena vila de Chiquilá, base para ida à Isla Holbox.
Nesse meio tempo, a polícia rodoviária nos parou na estrada. Ficamos imediatamente apreensivos, pois muitas pessoas comentam que tiveram problemas com a polícia mexicana (corrupção, pedidos de propina etc.). Por outro lado, nós fomos parados três vezes nas estradas e inclusive revistaram nossas malas por dentro, mas felizmente não houve nenhuma intercorrência. Os policiais foram, ao contrário, muito educados conosco.
Finalmente, chegamos a Chiquilá e deixamos o carro alugado em um estacionamento pago, por 100 pesos a cada 24 horas.
Cruzamos de barco, dessa forma, para a Ilha Holbox, que fica na área de proteção de Yum Balam. Os barcos saem de hora em hora.
A ilha é definitivamente adorável e não pode faltar em seu roteiro no México! Suas ruas são de areia (não tem asfalto) e não há carros (somente carrinhos de golfe e pequenas motos). Há dezenas de bares, restaurantes, lojinhas e baladinhas, tanto nas ruas, quanto na orla da praia, e as casas são coloridas.
Ficamos em um hotel de chalés, Xaloc Resort, por U$100,00 o casal, a noite, na zona hoteleira, que fica na orla da praia (contudo, esse hotel devia ser o pior de todos eles – as instalações na praia eram fracas e o serviço era ruim). Porém, há várias opções, com preços variados.
De tarde, caminhamos por cerca de uma hora pela Punta Mosquito, reserva natural, repleta de pássaros, como por exemplo pelicanos, garças, gaivotas, mergulhões etc.). Há também flamingos, porém, para vê-los, é preciso madrugar, pois eles somente aparecem entre 6 e 7 da manhã.
Há uma iguaria muito famosa e que é típica da Ilha Holbox: a pizza de lagosta. Assim, tentamos provar a tal da pizza, no restaurante Roots, que nos haviam recomendado de antemão. Contudo, sinceramente, achei cara pelo que oferece e, em minha opinião, não valeu a pena.
Ficamos na praia um pouco, porém, ela estava cheia de sargaço (acúmulo de algas, que causa um cheiro horrível). A água do mar em Ilha Holbox é esverdeada, e não azul assim como a do mar do Caribe, porque ali começa o Golfo do México.
Tomamos banho e fomos a um PUB ver a final de um campeonato de futebol (a pedido do marido!). Enquanto isso, provei alguns drinks do cardápio, como michelada e chelada.
Apanhamos a embarcação e retornamos a Chiquilá, no continente, seguindo, logo depois, para Cancún.
Depois das intensas férias no México, seguimos, por fim, para o Panamá.