Confira este post, cheio de informações úteis para quem planeja fazer uma viagem na Polinésia Francesa, um dos lugares mais paradisíacos do mundo.
Viagem na Polinésia Francesa
A Polinésia Francesa é o destino dos sonhos da maioria dos viajantes (e também dos não-viajantes).
E não é para menos.
Com ilhas paradisíacas, banhadas por uma água azul-turquesa hipnotizante, a Polinésia Francesa é o tipo de lugar que agrada a todos os gostos.
A Polinésia é um complexo de ilhas que pertence à França, sendo, portanto, considerada como um território francês de ultramar.
Situada no Oceano Pacífico, ela é composta por 5 arquipélagos diferentes, a saber, Sociedade, Tuamotu, Gambier, Austrais e Marquesas.
Há um total de 118 ilhas na Polinésia Francesa e, obviamente, é impossível conhecer todas, por uma questão de tempo e de orçamento, embora algumas pessoas já tenham tentado fazer isso.
Na Polinésia há basicamente dois tipos de ilha. Algumas são montanhosas e outras são apenas atóis, com ilhotas planas e pouca vegetação. Por exemplo, as ilhas do arquipélago de Sociedade apresentam, em sua maioria, uma geografia com montanhas e picos pontiagudos, cobertos por uma densa vegetação.
Já as ilhas de Tuamotu são praticamente apenas atóis, compostos por ilhotas, com uma vasta biodiversidade.
O arquipélago mais conhecido da Polinésia Francesa é Sociedade (ou Society ou Societé), que é composto pelas ilhas Tahiti, Moorea, Bora Bora, Raiatea, Tahaa, Huahiné, Maupiti, Tetiaroa, entre outras menos conhecidas.
Durante nossa viagem na Polinésia Francesa, visitamos apenas os arquipélagos de Sociedade e Tuamotu.
Confira, a seguir, nosso roteiro!
Quanto tempo na Polinésia Francesa?
A duração de uma viagem na Polinésia Francesa varia conforme a disponibilidade e o orçamento do viajante. No entanto, recomendo ao menos 15 dias inteiros, a serem divididos entre os principais arquipélagos e ilhas.
Nós ficamos: 1 dia em Tahiti (Sociedade); 3 dias em Moorea (Sociedade); 5 dias em Bora Bora (Sociedade); 2 dias em Raiatea e Tahaa, que são ilhas-irmãs (Sociedade) e; 4 dias em Tikehau (Tuamotu).
Outras ilhas frequentemente visitadas no arquipélago de Sociedade são Huahiné, Tetiaroa e Maupiti.
Quando ir para a Polinésia Francesa?
Claro que a época ideal para uma viagem na Polinésia Francesa é ir fora do período de chuvas, ou seja, entre março e outubro. Mas a “época chuvosa” é a baixa temporada e tudo fica mais barato. Além disso, durante a época de chuva, não se vê aquela precipitação contínua e contumaz. Pelo contrário, chove um pouco, depois abre um sol, então fica nublado, chove, e o sol aparece novamente.
Em outras palavras, o tempo é bem instável, mas dá para aproveitar perfeitamente.
Nós fomos no mês de dezembro e pegamos dias ensolarados, na maior parte do tempo. Inclusive, o mês de dezembro é conhecido por ser um mês de abundância, em relação a frutas, verduras e vegetação.
Polinésia Francesa ou Maldivas?
Esses dois destinos estavam no topo da minha “bucket list” e, para escolher, pesquisei bastante na internet.
A maioria dos posts falava que a Polinésia era mais interessante, em razão da cultura local. Eu ainda não conheço as Maldivas, mas posso afirmar que a cultura dos polinésios é interessantíssima, o que pode ser verificado a partir de suas danças, tradições, crenças, modo de vestir e comida.
Como cruzar de uma ilha para outra, durante uma viagem na Polinésia Francesa?
É possível transitar pelas ilhas de avião (Air Tahiti ou Air Moana) ou de ferry. Nós optamos por ir de avião às mais distantes e apanhar o ferry entre as mais próximas, como Tahiti e Moorea ou entre Bora Bora – Tahaa – Raiatea.
A companhia que faz o trecho entre Thaiti e Moorea se chama Aremiti e não é necessário comprar seu ingresso com antecedência. As travessias ocorrem várias vezes ao dia e duram entre 30 e 50 minutos.
Já a companhia que opera o trecho entre Bora Bora – Raiatea – Tahaa se chama Apethai, cujas travessias levam em torno de uma hora. Nestes trechos, é recomendável comprar o ingresso com antecedência.
Há balsas que cruzam para outras ilhas, como para Maupiti, mas o serviço é a cada dois ou três dias, então é fundamental se programar com antecedência.
Dinheiro e internet
Na Polinésia, utiliza-se o Franco CFP ou XPF. O mais prático é usar cartões de crédito pré-pagos, que são aceitos na maioria dos estabelecimentos. Porém, é recomendável levar um pouco de dinheiro em espécie. Se precisar trocar esse dinheiro, faça-o sempre que tiver oportunidade, pois tivemos muita dificuldade em encontrar casas de câmbio na Polinésia. Normalmente, as pessoas trocam dinheiro no aeroporto e em hotéis. A melhor taxa de câmbio que encontramos, incrivelmente, foi no aeroporto de Papeete. E atenção, pois a maioria dos aeroportos são pequenos e não têm casa de câmbio.
O mesmo ocorre em relação a cartões SIM: fora de Papeete, é muito difícil achá-los. Então, logo que chegar em Papeete, obtenha o seu.
Repare que na grande maioria dos hotéis, o wi-fi não funciona nos quartos, mas apenas nas áreas comuns.
Tahiti
Tahiti é a ilha mais conhecida do arquipélago de Sociedade, pois sua capital, Papeete, é a maior cidade da Polinésia Francesa, bem como um hub aéreo e portuário para ir às outras ilhas.
Papeete, na realidade, é uma cidade, digamos, um pouco feia, pois se trada de uma cidade portuária e industrializada.
No entanto, a ilha tem sim seus atrativos naturais, longe da capital, como a praia de areias negras, chamada Point Venus.
Chegando em Papeete, nós passeamos pelas ruas, percorremos o Waterfront, passamos pela Catedral Notre Dame e Mercado Municipal. Em frente a este último, havia dezenas de barracas, onde mulheres faziam lindos colares de flores perfumadas.
Uma atração imperdível em Papeete é a dança típica polinésia.
Nós assistimos a uma apresentação no Hotel Intercontinental. Ali, é possível jantar no buffet, por um preço fixo, ou apenas ir ao bar, que serve bebidas e petiscos à la carte. Por volta das 21h00, a apresentação de dança começa.
Ainda em termos de entretenimento, vale a pena tomar uma cerveja no descontraído Maeva Café ou um drink no elegante Bar Reeftop, no topo do Hotel Boutique Kon Tiki.
Permanecemos em Papeete por apenas metade de um dia e, no dia seguinte, apanhamos um voo para Bora Bora.
Bora Bora – o ápice da viagem na Polinésia Francesa
Bora Bora é a pérola da Polinésia Francesa.
Ostentando imponentes montanhas, uma vegetação exuberante e águas de variados tons de azul, Bora Bora é o destino perfeito. Tanto que ela é conhecida como a “ilha de lua de mel”.
Melhor lugar para ficar em Bora Bora
Para mim, foi um grande desafio conciliar o sonho do bangalô perfeito, com meu orçamento limitado (risos).
Os mais caros variam entre R$6.000,00 e R$100.000,00, por noite.
No entanto, nós encontramos um lugar com excelente custo-benefício, chamado Hotel Mai Tai, onde o bangalô custava em torno de R$3.000,00, por noite, para o casal. Barato não é, mas fazemos de tudo para realizar o sonho do bangalô próprio!
Claro que água por ali não era a mais azul da ilha, mas valeu muito a experiência.
Em nosso primeiro dia em Bora Bora, apenas ficamos por ali e aproveitamos a varanda do bangalô, nadando, fazendo snorkel e tomando sol (e um vinho branco, claro).
Permanecemos neste bangalô por apenas uma noite e depois migramos para um quarto convencional, por um preço muito justo e com uma linda vista para o mar.
Além disso, nós adoramos a localização do hotel, pois era possível fazer tudo a pé.
Ali, estávamos perto de diversos restaurantes e da melhor praia pública da ilha, ou seja, Matira Beach.
O que fazer em Bora Bora?
Bora Bora oferece todos os tipos de atividade imagináveis e elas podem ser contratadas no próprio hotel.
Bora Bora por mar
Há vários tipos de passeio que exploram as águas de Bora Bora, que podem ser passeios de barco, mergulhos, snorkel, caiaque, stand up paddle, entre outros.
O passeio mais popular é o tour ao redor da ilha em “Pirogue”, um barquinho típico, que antigamente era movido à vela, mas que atualmente conta com motores.
Há “Pirogues” maiores (que levam até 20 pessoas) e menores (que levam 12 pessoas, no máximo).
Nossa Pirogue percorreu todo o entorno da ilha e parou em 3 pontos para fazermos snorkel.
O primeiro, era o ponto onde ficavam os tubarões de ponta negra (eles são pequenos e dóceis e não há relatos de ataques a humanos).
No segundo ponto, nadamos com raias.
O terceiro ponto foi o Jardim de Corais e, por fim, o barco nos levou para um almoço em uma ilhota privada (“motu”), Motu Ha’apiti iti.
O almoço foi em mesas de madeira, literalmente dentro da água.
Aqui vale fazer uma pausa para falar sobre a deliciosa comida típica da Polinésia.
Constituída majoritariamente por frutos do mar, peixe cru, frutas, vegetais e côco, a comida é uma exótica explosão de sabores!
A melhor opção, durante uma viagem na Polinésia Francesa, é comer a comida local, que além de deliciosa, acaba saindo mais em conta. Já um hamburguer custa em torno de 30 dólares!
Nosso tour passou, ainda, por diversas praias, ilhotas e bangalôs:
Durante o passeio e o almoço, nossos guias nos animavam, ao som de muita música!
Outra atividade muito prazerosa em Bora Bora é remar, em caiaques ou stand up paddle. Os hotéis normalmente disponibilizam caiaques.
Nós apanhamos um caiaque em nosso hotel e remamos até um local chamado Aquário, onde fizemos snorkel. É um lugar lindo!
Bora Bora por terra
Bora Bora oferece diversas trilhas, com diferentes tempos de duração e níveis de dificuldade. As trilhas que levam ao topo dos Montes Pahia e Otemanu levam em média 6 horas e exigem a presença de um guia.
Porém, há trilhas que saem da Praia Matira, de nível fácil a médio, com duração de 1 a 3 horas, e que podem ser percorridas sem a presença de um guia.
Nós fizemos uma dessas trilhas a partir da praia Matira, que começa na Saída Fuga de Tsunami número 19. A cada passo, nos deparávamos uma vista de tirar o fôlego. Recomendo muito!
Entretanto, se for fazer a trilha por sua conta, é interessante utilizar um desses aplicativos, como o Wikiloc.
Vale dizer, ainda, que a melhor praia de Bora Bora, a Matira Beach, é acessível por veículos ou mesmo a pé.
Ali encontramos alguns restaurantes, como o Bora Bora Beach Club. Não há mesas na areia, como costumamos ver no Brasil, mas tem uma vista agradável e comida boa.
Nós passávamos nossas tardes nesta praia, relaxando, deitados na areia ou tomando uma cerveja no restaurante.
É uma boa ideia, ainda, alugar um veículo ou uma scooter e fazer a volta completa da ilha, pela estrada principal. Você vai se surpreender a cada curva, ao se deparar com belíssimas paisagens montanhosas, forradas pela mata verde e envoltas pela água azul-turquesa.
Bora Bora por ar
Meu sonho de consumo era sobrevoar Bora Bora. Na baixa temporada (dezembro), o preço do voo em helicóptero era bastante acessível.
No entanto, mesmo depois de eu pagar, o voo foi cancelado, devido à instabilidade do tempo. Uma pena!
Só me restou a vista do avião, durante os voos de chegada e partida.
É comum, ainda, a prática de kitesurf e parasailing em Bora Bora, sobretudo na praia Matira.
Raiatea
Raiatea sedia a segunda maior cidade da Polinésia Francesa, a saber, a vila de Uturoa e, além disso, é a ilha mais sagrada do Triângulo Polinésio.
É possível chegar em Raiatea e Tahaa por balsa (companhia Apethai), a partir de Bora Bora, como também em avião (Air Tahiti ou Air Moana).
Recomendo alugar uma scooter ou um veículo para explorar a parte terrestre da ilha.
Nós alugamos uma scooter e visitamos as principais atrações da ilha, quais sejam, a baía Faaroa, o templo sagrado Taputapuatea, Promenade Les Gabbros e o Belvedere (mirante), além de algumas praias como a de Tevaitoa.
O Templo Taputapuatea é o local mais sagrado da Polinésia Francesa, por ser o berço da civilização polinésia ou civilização Ma’ohi.
Situado bem no centro do Triângulo Polinésio (que abrange o Havaí, a Ilha de Páscoa e a Nova Zelândia), ele era o ponto de encontro dos soberanos da antiguidade, que ali se reuniam periodicamente, para comemorações religiosas e festivais.
Já a Promenade de Gabbros se trata de uma caminhada bem curta, de menos de 350 metros, na qual é possível apreciar as formações rochosas vulcânicas do local. Além disso, o lugar oferece uma bela vista panorâmica.
Seguindo pela estrada, um pouco depois da Promenade de Gabbros, chega-se ao Belvedere, um mirante que também oferece uma excelente vista panorâmica das montanhas de Raiatea.
Para quem gosta de fazer trilhas mais pesadas, Raiatea oferece muitas delas.
Além disso, Raiatea é um ótimo lugar para caiaque. Nós remamos de nosso hotel até a ilhota Miri Miri, nos arredores. Mas é preciso tomar cuidado para não estragar os corais!
Ficamos no Hotel Raiatea Lodge, que era na beira da praia e disponibilizava caiaques e bicicletas sem custo adicional. Contava, ainda, com piscina e restaurante.
Tahaa
A partir de Raiatea, é possível fazer um passeio até sua ilha-irmã, Tahaa.
Nós contratamos um tour de barco com o próprio hotel, em Raiatea. Foi um tour de um dia (bate-volta) e, depois, voltamos para dormir em Raiatea.
Tahaa é uma das ilhas mais bonitas do arquipélago de Sociedade.
O cinturão de corais que envolve a ilha confere uma tonalidade azul turquesa intensa à água do oceano.
Nosso tour fez a volta completa na ilha. Primeiramente, passou por uma fazenda de pérolas negras (especialidade da Polinésia Francesa) e por uma destilaria de rum artesanal, onde fizemos degustação.
Nos levou, ainda, para fazer snorkel no Jardim de Corais, onde vimos muitos corais coloridos, anêmonas e peixes diversos, como o peixe palhaço e o peixe papagaio.
Foi o snorkel mais bonito que fizemos durante nossa viagem na Polinésia Francesa!
O passeio incluía, ainda, almoço em uma ilhota, com comida típica polinésia.
Depois que almoçamos, o tour continuou e navegamos beirando a barreira de corais e suas ilhotas, onde o azul da água apresentava sua tonalidade mais brilhante.
Visitamos, ainda, uma fazenda de baunilha, uma iguaria regional, que, embora trazida de fora, encontrou ali um terreno fértil para se desenvolver.
Por fim, paramos em um ponto para nadar com tubarões:
Moorea
Moorea é um espetáculo! É realmente uma ilha completa, com piscinas naturais azul-turquesa, picos montanhosos e uma mata exuberante!
A ilha de Moorea fica bem perto do Tahiti, podendo ser acessada por balsas que fazem a travessia entre estas duas ilhas, diversas vezes ao dia. A companhia que opera as balsas se chama Aremiti e não é necessário comprar o ingresso com antecedência.
Além disso, Moorea é uma das ilhas mais elegantes, em termos de opções de restaurantes, hotéis, lojas, entre outros.
Recomendo alugar um veículo nesta ilha, pois ela é grande e as distâncias são longas.
Em nossa opinião, o melhor local para ficar em Moorea é a costa noroeste, que concentra a maior parte dos hotéis e restaurantes, além de ser mais abrigada do vento.
O que fazer em Moorea?
Moorea por água
Uma boa forma de conhecer Moorea é fazer um tour de barco. Porém, também é possível conhecer bastante coisa por conta própria.
Há ilhotas na costa noroeste de Moorea, chamadas Fareone, Tiahura e Irioa, que podem ser exploradas em caiaque ou SUP.
Nós remamos do hotel até estas ilhotas e a água ali é tão cristalina que podíamos avistar o fundo, os peixes e os tubarões (avistei um tubarão limão).
Entre as ilhotas de Fareone e Tiahura há um jardim de corais, mas cuidado que a correnteza ali é violenta. Eu, por exemplo, fui mergulhar para ver os corais e fui pega pela correnteza, não conseguindo voltar nadando, sendo que o Pedro teve que me resgatar com o caiaque.
Também é um lindo lugar o Banco de Areia de Tubarões e Raias, que pode ser visitado por barco ou mesmo em caiaque.
Se for em caiaque, cuidado ao descer dele, pois ali a corrente também é muito forte (o ideal é amarrar o caiaque nas boias).
Este ponto geralmente está incluído nos tours de barco pela ilha.
Por fim, vale mencionar o Jardim de Corais, um excelente ponto para snorkel, situada em uma ilhota, no lado leste da ilha.
Moorea por terra
Vale a pena alugar um veículo ou scooter e fazer a volta completa da ilha, visitando suas praias, morros, mirantes, plantações de abacaxi, entre outras coisas interessantíssimas.
As melhores praias públicas de Moorea são Ta’ahiamanu, Temae e Tiahura (onde fica o Hauru Point).
Nós alugamos um carro e passamos pelas baías Opunohu e Cook, pelo Belvedere, por campos de abacaxi, pelas praias Ta’ahiamanu e Temae e, finalmente, pelos mirantes Pao Pao e Toatea.
O ponto mais interessante de nosso percurso foi o Belvedere, porque a partir dali, pudemos avistar todos os picos da ilha, com formatos curiosos, bem como as baías Opunohu (à esquerda) e Cook (à direita).
Também do Belvedere, podemos perceber que Moorea tem um formato que lembra o de uma borboleta.
No caminho que leva ao Belvedere, passa-se por diversos templos antigos, em pedra, bem como por vastos campos de abacaxi.
No verão, a ilha fica praticamente coberta por plantações de abacaxi.
Outro mirante de tirar o fôlego é o Toatea, a partir de onde podemos contemplar todo azul da costa de Moorea.
Moorea oferece diversas trilhas com diferentes níveis de dificuldade, como a Three Coconut Trees Pass, Three Pines Pass, Opunohu Valley Loop, etc., que variam de 2 horas a um dia inteiro de caminhada.
Por fim, vale dizer que uma atividade alternativa em Moorea é visitar as galerias de arte, museus e lojinhas, se acaso o tempo estiver ruim ou você tiver tempo de sobra.
O museu mais famoso é o Fare Natura, com exposições sobre a fauna e flora locais.
Restaurantes
Na ilha Tiahura, há um restaurante muito famoso, em Coco Beach, com mesas de madeira literalmente dentro da água, sendo uma excelente opção para almoço.
Recomendo, ainda, comer nos restaurantes à beira-mar Taoa Here Beach House e Tiki Ata, sendo este último no interior da Pousada Fare Maheata Pihaena (confira, antes, os horários de funcionamento).
Tuamotu
O Arquipélago de Tuamotu é o maior da Polinésia Francesa. As ilhas que o compõem são basicamente atóis, em formato de “anéis”, no meio do oceano. Estes “anéis” são uma junção de dezenas de ilhotas contíguas, separadas por canais e rodeadas por uma barreira de corais.
Isso faz com que no centro das ilhotas haja uma “lagoa” de mar, calma, com tonalidades deslumbrantes e com uma biodiversidade diferenciada.
Por outro lado, por fora da barreira de corais, encontramos o Oceano Pacífico, com grandes ondas que arrebentam continuamente nesta barreira natural.
Os três atóis mais visitados em Tuamotu são Rangiroa, Fakarava e Tikehau.
Ficamos em dúvida sobre qual deles visitar e optamos por Tikehau.
Já o guia Lonely Planet diz que, se você puder visitar apenas um deles, que seja Rangiroa, que é o mais “carismático” deles.
Conhecemos Rangiroa apenas quando a sobrevoamos de avião, na chegada ao arquipélago.
Por outro lado, não nos arrependemos de escolher Tikehau, que é menor e mais intimista que Rangiroa. Por fim, acabou sendo um de nossos lugares favoritos durante nossa viagem na Polinésia Francesa.
Tikehau
O atol de Tikehau se trata de um verdadeiro paraíso, remoto e isolado, onde você se sente o único habitante do Planeta Terra.
Ele é formado por uma espécie de círculo de ilhotas e bancos de areia rosada.
Algumas contam com árvores em abundância, ao passo que outras contam apenas com vegetação rasteira.
Ou mesmo, uma única e solitária palmeira!
Uma paisagem que eu nunca tinha visto nada igual.
Ao chegar em Tikehau, logo de início, levamos um choque, pois tudo era muito diferente do que tínhamos visto até então na Polinésia Francesa.
Primeiramente, não havia montanhas nas ilhas. Além disso, quase não havia civilização. O funcionário do hotel nos apanhou no aeroporto (que está mais para uma casinha) e nos levou para comer algo, em uma barraca bem rudimentar, de higiene duvidosa.
Após meia hora em um barquinho motorizado, chegamos ao hotel, que estava mais para uma pensão, onde a simplicidade reinava. O ambiente rústico não guardava nenhum traço do glamour e conforto que havíamos experimentado até então.
A comida era básica. O mobiliário era simples. Não havia ar-condicionado e o papel higiênico e a água mineral eram racionados. E não era um hotel barato, não!
Nossos principais meios de transporte eram nossas próprias pernas, bem como caiaques. Não havia carros (apenas na ilha principal). Não havia barcos-táxis.
Em compensação, havia muita paz, muita interação com a natureza e muita interação com nós mesmos.
Enfim, foi uma das experiências mais incríveis que vivenciamos na Polinésia Francesa!
O que fazer em Tikehau?
Passávamos o dia remando, fazendo snorkel ou caminhando de uma ilhota a outra, atravessando os canais a pé ou a nado.
Percorríamos os canais em caiaque ou a pé, explorando cada cantinho da lagoa, até chegar ao oceano, cujas ondas quebravam violentamente contra a barreira de corais, que protege o arquipélago.
Tikehau é a região com mais peixes do Arquipélago de Tuamotu, então víamos milhares deles ao fazer snorkel. Vimos até mesmo tubarões, nadando tranquilamente por ali.
Já as nossas tardes eram regadas a vinho branco ou cerveja (que falte água, mas vinho, jamais!).
Passeio de barco em Tikehau
Um passeio interessante que vale a pena fazer em Tikehau é o tour de barco.
Ele passa, primeiramente, pela Ilha dos Pássaros:
Passa, ainda, por diversas ilhotas e bancos de areia rosada.
Aliás, o arquipélago é famoso por suas areias rosadas.
Um dos pontos mais interessantes é snorkel com as raias mantas:
Elas podem chegar a 5 metros de largura, de uma ponta a outra.
Por fim, o passeio oferece um churrasco de peixe em uma ilhota privada.
Os tubarões ficam na margem, só aguardando os restos dos alimentos:
Porém, são tubarões pequenos e inofensivos.
Mergulho de cilindro
Quem vai a Tikehau e é habilitado, deve fazer ao menos um mergulho de cilindro.
Nós fizemos duas saídas de mergulho, ambas no Tuheiava Pass, com a empresa Tikehau Diving (excelente empresa!).
Este é o mergulho mais famoso da região, pois o mergulhador vai derivando com a correnteza, passando por milhões de peixes coloridos, tubarões, corais e até mesmo cavernas.
Em suma, quando achávamos que nada mais nos surpreenderia, em termos de beleza, víamos algo que superava totalmente o que tínhamos visto até então.
Então, se seu sonho é fazer uma viagem na Polinésia Francesa, não deixe de vivenciar essa experiência mágica!
Confira, ainda, nossos posts sobre outras ilhas paradisíacas, como Fernando de Noronha, San Andrés, San Blas e Zanzibar.