Este post sobre turismo na Hungria retrata apenas uma parte de nosso roteiro na Europa Oriental e Ocidental.

Turismo na Hungria – Budapest

Estávamos com um carro alugado e já havíamos passado previamente pela Alemanha, República Tcheca e Áustria. Seguíamos, então, para a Hungria.

Cruzando a fronteira com a Hungria, fomos diretamente para a bela capital, Budapest. 

Budapest é uma cidade incrível, cheia de surpresas agradáveis.

O visual noturno da cidade é mágico, com palácios e castelos iluminados. 

Aliás, tudo na Hungria é fabuloso: os vinhos são fantásticos, a comida é especial e os doces são deliciosos.

Além disso, a música erudita húngara é uma das mais apreciadas no mundo, pois a Hungria é berço de compositores como Franz Liszt (das Rapsódias Húngaras).

Enfim, é uma cidade imperdível!

O nome “Budapest” é, na realidade, uma composição de dois nomes: de um lado do Rio Danúbio, situa-se Buda, que é montanhosa, ao passo que, do outro lado, situa-se Pest, que é plana.

Pest

Primeiramente, visitamos as atrações de Pest, que são: 

– Hosok Tere: monumento com colunas e estátuas colossais, em cobre, representando guerreiros da Hungria. O monumento foi construído para celebrar o milênio da reconquista de territórios húngaros, no ano de 896. Na mesma praça situam-se o Museu de Finas Artes e o Palácio das Artes, ambos com beleza arquitetônica incrível, especialmente este último. 

– Castelo de Vadjahunyad: ele conta com uma mistura dos estilos gótico, romanesco, barroco, bem como Tudor.

– Termas de Széchenyi: alguns dos principais pontos de turismo na Hungria são os banhos termais, que remontam à época em que o local era dominado pelos romanos.  .

– Hungarian State Opera House, que é a ópera de Budapest.

– Basílica de São Estéfano: ele é o padroeiro de Budapest. Foi da mesma forma o primeiro rei de uma Hungria unificada, nos anos 900. Sua mão direita foi cortada e mumificada e está exposta nesta basílica.

Doces húngaros e multa salgada

Saímos da basílica molhados e com frio, e resolvemos então tomar um café e saborear uma torta húngara no famoso café Gerbeaud de Budapest.

Na volta, porém, para nossa desagradável surpresa, nosso carro tinha sido “clipado” por estacionar em local proibido (eu não tinha percebido que não podia parar ali). Como resultado, tivemos que pagar uma multa de mais de 50 euros, e não adiantou chorar para o guarda…

– Parlamento: é uma das mais famosas atrações do turismo na Hungria e também um dos maiores e mais bonitos edifícios de lá. Domina a margem de Pest, com seu estilo gótico.  Deste local, tivemos uma visão esplêndida da outra margem, sobretudo do Castelo de Buda. 

– Sinagoga do bairro judeu. Em Budapest viviam inúmeros judeus, antes do holocausto.

– Sapatos do Danúbio: este emocionante monumento em ferro é obra de Can Togay e Gyula Pauer para homenagear os judeus massacrados durante a Segunda Guerra Mundial pela milícia fascista húngara. Neste mesmo local, eles eram obrigados a tirarem seus sapatos antes de serem alvejados e caírem no rio.

À noite, fomos jantar em uma “cantina”, pequena e familiar, com comida típica da Hungria. Jantamos um delicioso frango recheado com ameixas e queijo. Aliás, a culinária e os vinhos são igualmente uma importante parte do turismo na Hungria.

Buda

Neste dia, fomos explorar Buda, na outra margem do rio Danúbio, que é mais montanhosa. 

Suas principais atrações são:

– Castelo de Buda: é um complexo amuralhado, que abriga o Palácio Real, Museus, a Torre de Madalena, igrejas, entre outros.

O Palácio Real é a maior e mais massiva construção do complexo e é ali que se situam os museus:

Ainda nas dependências do Castelo, encontra-se a belíssima Igreja de São Matias, em estilo neogótico e telhado de mosaicos coloridos.

Ao lado da igreja, há uma estátua equestre, em bronze, de São Estéfano, o padroeiro da Hungria.

– Fishermen’s Bastion: essa arcada neogótica margeia as muralhas do Castelo e é um dos mais icônicos pontos de turismo na Hungria.

Subimos até o andar superior, sentamos em um café e tomamos um expresso, com vista para o Danúbio e para Pest. Um trio, tocando violino, piano e contrabaixo, tocou para nós (mediante “contribuição”, claro) algumas músicas, como Rapsódia do Liszt, Danças Eslavas do Brahms, Canon de Pachebel e, como não poderia deixar se ser, Danúbio Azul!

Depois que almoçamos no complexo do palácio, apanhamos o carro e dirigimos até o monte Gellert, onde fica a cidadela murada e o Monumento da Liberdade.

Este último é uma estátua grandiosa em bronze, visível de várias partes da cidade, que foi erigida para comemorar a libertação da Hungria, pelos soviéticos, do domínio das forças nazistas.

Por fim, apanhamos o carro e deixamos a Hungria, em direção à Croácia, parando ainda, no caminho, no lago Ballaton, para apreciá-lo.

Ficamos apenas esses dois dias na Hungria, mas foi o suficiente para nos apaixonarmos e termos a certeza de que um dia retornaremos!

Para quem tenha interesse, seguem breves relatos históricos da Hungria

A Hungria foi primeiramente ocupada pelos Celtas (450 a.C.), que foram expulsos pelos romanos, sendo que estes últimos lá permaneceram até o século IV. Os romanos, por outro lado, plantaram os primeiros vinhedos e fizeram os primeiros banhos termais.

Posteriormente, os Hunos entraram em cena, sob a liderança de Átila, expulsando os romanos. Depois que Átila morreu, o Império Huno foi à ruína.

No Século IX, tribos Húngaras, ou Magyarer, vindas dos Montes Urais (na Rússia), tomaram o local e ali permaneceram, sendo esta a etnia que acabou por prevalecer até os dias de hoje. 

No entanto, em 1241, os mongóis invadiram e devastaram a Hungria. O país conseguiu, finalmente, se libertar destes invasores e preservaram sua independência por quase três séculos.

Sua independência, todavia, findou em 1526, com a invasão dos otomanos, que ali permaneceram até o séc. XIX. 

Em 1867, emergiu o Império Austro-Húngaro, ou seja, uma monarquia dual, formada pela Hungria e Áustria. Por outro lado, após a Primeira Guerra Mundial, o Império Austro-Húngaro desmoronou e a Hungria perdeu 71% de seu território. 

Em uma tentativa de recuperar seu território perdido, a Hungria se aliou aos nazistas alemães, ao mesmo tempo que declarou guerra à União Soviética. Hitler, por sua vez, com medo de que a Hungria mudasse de lado, ordenou a invasão do país em 1944. 

Logo depois, os soviéticos libertaram a Hungria dos nazistas, mas também oprimiam o país.

Apenas em 1990 se realizaram as primeiras eleições livres. 

Por fim, em 1994, os socialistas voltaram ao poder e desde então, socialistas e direitistas disputam o cenário político na Hungria.  (fonte: Wikipedia) 

Atualmente (2022), o governo da Hungria é de ultradireita.