Confira esse post sobre nosso roteiro de carro por Salta e Cafayate, na região Noroeste da Argentina.

Salta e Cafayate

A região noroeste da Argentina é dotada de uma beleza natural dramática e ímpar.

Sobretudo nos arredores de Cafayate, a ação do vento, das chuvas e do gelo provocou intensa erosão, dando origem a formações rochosas em tons alaranjados, vermelho e ocre, que se intensificam à luz do sol.

Para visitar a área, o ideal é voar até a cidade de Salta, que é uma excelente base de exploração dos atrativos que existem ao seu redor.

Em Salta, é possível alugar um carro e fazer os passeios por conta própria (nossa opção) ou então contratar excursões.

A partir de Salta, indo na direção sul, chega-se, então, a Cafayate, uma das regiões mais bonitas da Argentina.

Veja mais sobre esse destino, que pode ser visitado em 3 dias:

Salta

Salta é a maior cidade do noroeste da Argentina e encanta por suas construções, em estilo colonial.

É um local onde as culturas europeia e indígena se fundem, ostentando, portanto, características únicas.

A praça principal da cidade, Plaza 9 de Julio, sedia a rosada Catedral Basílica de Salta, bem como diversas construções, pátios e arcadas.

A maioria destas construções abriga, atualmente, importantes museus da cidade, que valorizam a identidade do povo saltenho.

O principal destes museus é o Museu de Arqueologia de Alta Montanha.

Encontramos na praça, ainda, o Museu Histórico do Norte, o Centro Cultural América, em um edifício de estilo francês, e o Museu de Arte Contemporânea, além de diversos cafés e restaurantes.

É um ponto da cidade muito agradável, ao passo que é também um excelente local para apreciar a música e dança folclórica de rua.

Museu de Arqueologia de Alta Montanha

Ainda que você não seja fã de museus, não tem como não se impressionar com este.

Seu acervo contém crianças incas sacrificadas e mumificadas, que estão extremamente bem conservadas. Na realidade, são as múmias incas mais bem preservadas que existem atualmente.

Em um total de três, estas crianças foram encontradas no pico do vulcão Llullaillaco (na Cordilheira dos Andes), no Século XVI.

O fato de permanecerem congeladas por séculos auxiliou na preservação de seus corpos e podemos ver detalhes de seus rostos, dedos e cabelos (que são trançados!)

Em sua tumba, foram encontrados, ainda, os pertences que com elas foram enterrados, como brinquedos, bonecos, tigelinhas, adornos, entre outros, feitos em ouro, prata, cobre, conchas e ônix.

Outras atrações

A igreja mais icônica de Salta é provavelmente a Igreja São Francisco, com suas cores vibrantes, que está a duas quadras da praça.

Além disso, vale a pena visitar a, o Convento São Bernardo, todo em adobe, datado do século XIV, que é o edifício mais antigo de Salta.

Merece uma visita, ainda, o Cerro São Bernardo, o ponto mais alto de Salta, para se ter uma vista panorâmica da cidade e arredores. É possível subir o morro de teleférico.

Por fim, encontramos na cidade uma série de excelentes restaurantes, com comida boa e farta, a um preço muito justo. El Charrúa é um desses restaurantes.

Não deixe de provar o vinho típico da região, o torrontés, um vinho branco de altitude.

Se possível, vá a uma “peña”, apresentação típica com música e dança folclórica.

Cafayate

Cafayate é uma charmosa vila no noroeste da Argentina com um “quê” de velho oeste.

Situada a aproximadamente 200 km de Salta, Cafayate é um dos destinos mais populares da região, tanto por suas belezas naturais, quanto por suas vinícolas.

A vila, em si, já é bastante charmosa, ostentando uma praça principal, com edifícios históricos e uma bela igreja em estilo colonial.

As vinícolas de Cafayate são famosas por produzir, sobretudo, o vinho torrontés, típico da região. Além disso, produzem também excelentes tintos, como malbec, cabernet sauvignon e tannat.

A de mais fácil acesso entre elas é a Vinícola Esteco, bem na entrada da cidade.

Porém, Cafayate é mais procurada entre os viajantes justamente por suas belezas naturais.

A estrada que liga Cafayate a Salta, a Ruta 68, sedia inúmeras formações rochosas, cânions e ravinas de beleza ímpar, que compõem a chamada Quebrada de las Conchas, igualmente conhecida como Quebrada de Cafayate.

É aqui que você verá o deserto argentino em suas cores mais vibrantes.

Repare que a região não está muito longe do Deserto do Atacama e guarda muitas semelhanças com ele.

Quebrada de Cafayate ou Quebrada de las Conchas

Esculpido, ao longo dos anos, pelo Rio das Conchas, bem como pelo vento e pela chuva, o terreno acidentado conta com ravinas, fossos, arcos e buracos.

Além disso, devido às substâncias minerais de seu solo, ali vemos uma paleta de cores que varia entre o vermelho ocre e o verde.

A Quebrada (que significa cânion, em espanhol) conta com aproximadamente 70 km de extensão. Ao longo dela, encontramos diversas atrações, bem-sinalizadas e acessíveis pela estrada principal, que não requerem caminhadas longas.

São elas Garganta do Diabo, Anfiteatro, Três Cruzes, Sapo, Ventanas (Janelas), bem como os Castelos.

Saindo de Salta e indo em direção a Cafayate, pela Ruta 68, a primeira formação que encontramos é a Garganta do Diabo:

Logo em seguida, chega-se ao Anfiteatro:

É comum encontrarmos no Anfiteatro músicos tocando seus instrumentos, para demonstrar que a acústica do local é ótima – daí o nome “Anfiteatro”.

Um pouco mais à frente, nos deparamos com as Três Cruzes:

E, ainda, com o Sapo:

Por fim, os Castelos:

O melhor horário para explorar o local é na parte da tarde, devido à incidência dos raios solares.

Ao final da Quebrada, há algumas vinícolas, onde é possível almoçar e provar um excelente Torrontés.

Uma delas é Milla 7.

Eles servem deliciosos pratos e uma parrillada especial.

Quebrada das Flechas

A Quebrada das Flechas possui uma extensão de aproximadamente 10 km e apresenta formações rochosas, lembrando flechas, que se originaram em razão da colisão de placas tectônicas.

Ela se situa ao longo da RN 40.

O local pode ser igualmente visitado em veículo, não sendo necessário fazer caminhadas.

Seus maiores pontos de interesse são Corte e Mirante Ventisquero, Corte das Flechas, Quebrada Sayar, Quebrada el Canon, bem como o Mirante Angastaco, nesta ordem.

Para chegar lá, apanhe a Ruta 40, saindo de Cafayate, e dirija por cerca de 70 km. Boa parte desta estrada é de terra.

As atrações da quebrada começam um pouco depois de se cruzar a Ponte do Rio Cachaqui e são bem-sinalizadas.

Cachi

Se você seguir em frente na Ruta 40, após a Quebrada das Flechas, você chegará a Cachi, uma encantadora vila, com casinhas brancas de adobe. Aproveite e prove uma empanada na cidade.

Mas, considere que, da Quebrada das Flechas até Chachi, a estrada é totalmente de terra.

Indo de Cachi até Salta pela estrada vicinal Ruta 33, encontramos, por fim, o Parque Natural los Cardones, com montanhas verdes e aveludadas.

SUGESTÃO DE ROTEIRO EM SALTA E CAFAYATE

1o Dia: Quebrada de Las Conchas, almoço em uma vinícola e passear pela vila de Cafayate.

2o Dia: Quebrada de las Flechas, Cachi e Parque Natural Los Cardones.

3o Dia: Salta (centro e museus): Praça 9 de Julho, Basílica, Museu Arqueológico de Alta Montanha, Convento São Bernardo e Cerro São Bernardo.

Por fim, não deixe de conferir nossos posts sobre Mendoza, Norte da Argentina, ROTEIRO NA PATAGÔNIA, BARILOCHE E REGIÃO DOS LAGOS e USHUAIA.

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