Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães

Roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães: Dando continuidade à incursão pelas belezas naturais de nosso amado país, dessa vez, fizemos um roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães, ou seja, Centro-oeste do Brasil, além de conhecer outros pontos menos afamados que tivemos o prazer de desbravar.

Um roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães e a jornada até o Centro-Oeste do Brasil

Havíamos decidido, de antemão, ir de carro de nossa cidade, São José dos Campos – SP, até o Pantanal. Fomos, então, em nosso próprio veículo, um 4×4, levando um total de 3 dias para chegar até Cuiabá-MT, saindo no dia 26 e chegando no dia 28 de maio, de 2016.

Esse foi nosso itinerário:

Ou seja, muito chão!

Parque Municipal do Salto do Sucuriú

No caminho, próximo à Cidade de Chapadão do Sul, fizemos uma parada na cidade de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul, para visitar o Parque Municipal Salto do Sucuriú. Ele conta com boa infraestrutura para famílias com crianças, uma vez que há uma piscina artificial, arvorismo, tirolesa (uma das maiores da região centro-oeste), bem como e trilhas sobre plataformas. O Rio Sucuriú atravessa o parque e nele despeja uma exuberante queda d’água, ou seja, o Salto Majestoso, que certamente faz jus ao nome.

Deixamos o parque e seguimos, por fim, até Cuiabá, capital do Mato Grosso.

CHAPADA DOS GUIMARÃES

Dia 1 na Chapada – Cachoeira do Véu da Noiva

De Cuiabá, rumamos ao parque da Chapada dos Guimarães, chegando, primeiramente, à cidadezinha que leva o mesmo nome. No caminho (por volta de 10 km antes da cidade), visitamos o “Véu da Noiva“, uma esplêndida queda d’água de aproximadamente 86 metros.

Essa é uma das principais atrações da Chapada dos Guimarães.

Dia 2 na Chapada – Circuito das Cavernas

Os passeios na Chapada apenas podem ser acompanhados por guias cadastrados, cuja lista está no site WWW.ECOBOOKING.COM.BR.

Na Chapada, há três roteiros mais comumente procurados, ou seja, 1- o das cavernas Aroe-Jari/Gruta da Lagoa Azul, 2- Rio Claro e Cidade de Pedra e 3- Circuito das cachoeiras.

Neste dia, fizemos, então, o circuito das cavernas Aroe-Jari, Kiogo Brado e Gruta da Lagoa Azul, a aproximadamente 40 km da cidade de Chapada.

Ponte de Pedra:

Caverna do Aroe-Jari:

Caverna Kiogo Brado:

Gruta da Lagoa Azul:

A coloração desta lagoa se deve aos elementos químicos nela presentes.

Mirante da marca geodésica

O mirante da marca Geodésica, próximo ao centro da vila, oferece uma bela vista (porém, é preciso ficar atento, pois é um lugar perigoso, já que há muitos assaltos naquele ponto). 

Dia 3 na Chapada – Mirante da cidade de pedra, Crista do Galo e Vale do Rio Claro

O passeio pelo mirante da cidade de pedra dá a real noção da grandiosidade da Chapada, pois proporciona a vista das escarpas e formações rochosas. 

Além disso, o passeio até o morro Crista do Galo proporciona uma vista frontal da Chapada.

Pegamos uma divertida trilha de areia até o Vale do Rio Claro, que apenas pode ser percorrida de 4×4 e na qual o carro quase tomba de lado (aproximadamente 45º de inclinação).

Paramos, então, no poço das antas e lá entramos nas águas do rio Claro.

Em seguida, fomos ao Poço do Paraíso, onde, igualmente, havia muitos peixes.

Almoçamos no famoso restaurante Morro dos Ventos, que tem uma vista muito bonita.

Dia 4 na Chapada – Circuito das cachoeiras

Este dia foi um dos mais agradáveis do passeio, pois fizemos o refrescante circuito das cachoeiras. São aproximadamente 7 km de caminhada, passando por seis cachoeiras, quais sejam, Andorinha (que é a maior e mais bonita), Prainha, Degraus, Pulo, Sonrizal, bem como 7 de Setembro, todas, no rio Independência.

ACESSE A POSTAGEM CHAPADA DOS GUIMARÃES PARA CONFERIR ESTE ROTEIRO MAIS DETALHADO, COM INFORMAÇÕES E DICAS DE HOSPEDAGEM, RESTAURANTES E BARES.

Além disso, se você tem interesse em informações sobre outras chapadas, não deixe de conferir os diversos posts da Norma, do blog Viaje Com Norma, sobre a Chapada Diamantina, inclusive sobre o Vale do Capão, que é um paraíso escondido: VALE DO CAPÃO – CHAPADA DIAMANTINA

PANTANAL

Dia 1 no Pantanal

Ao deixar a Chapada dos Guimarães, partimos, então, rumo ao Pantanal, saindo de Cuiabá e apanhando uma rodovia estadual até a cidade de Poconé. É justamente nesta cidade que começa a rodovia transpantaneira. Antes de pegar a Transpantaneira, paramos, primeiramente, no CAT – Centro de Atendimento ao Turista, para obter informações.

A Transpantaneira

A transpantaneira é uma estrada toda de terra, a qual cruza o Pantanal Mato-grossense. Seu início é demarcado por um inequívoco portal de madeira, que, desse modo, aponta o caminho:

Logo no começo da rodovia, já avistamos vários pássaros, inclusive o enorme tuiuiú, de corpo branco, pescoço vermelho e cabeça preta.

Fomos diretamente ao Camping Portal do Paraíso, uma fazenda/camping, onde nos hospedamos.

O funcionário da fazenda gentilmente nos levou para dar uma volta na propriedade.

No trajeto, vimos um tamanduá bandeira, macacos, jacarés, porcos do mato, capivaras, bem como muitos pássaros e, claro, gado.

O sono na barraca foi um pouco conturbado, por causa de uma tempestade e pernilongos, mas, no final, deu tudo certo.

Dia 2 no Pantanal

Logo cedo, apanhamos a Transpantaneira e foi uma das experiências mais incríveis que já vivenciamos! 

A partir do momento em que pegamos a estrada, desde o primeiro até o último trecho, avistamos dezenas de animas, como jacarés, macacos, capivaras, ariranhas, veados, bem como inúmeros pássaros.

A transpantaneira conta com 125 pontes passando sobre cursos d’água, sendo que todos eles são repletos de jacarés.

A partir do km 120, a estrada começou a ficar ruim, com muita lama.

O carro patinava de forma assustadora, no entanto, foi muito divertido!

Porto Jofre

Finalmente, chegamos ao Portro Jofre, um vilarejo de pesca esportiva no extremo e ponto final da transpantaneira. É uma vila, com poucas dezenas de habitantes, sem comércio ou posto de gasolina (ou seja, abasteça antes de pegar a transpantaneira!). Lá, nos hospedamos no camping/pousada do Neco, onde, também, almoçamos, em um delicioso buffet.  Na parte da tarde, fizemos um passeio de barco, subindo o rio Cuiabá até o Parque Nacional do Pantanal.

No passeio, avistamos inúmeros pássaros e, também, jacarés. Pegamos um afluente do rio Cuiabá, qual seja, o rio Piquiri, cruzando a fronteira com o Mato Grosso do Sul.

À noite, sentamos e tomamos uma cerveja com o dono do camping / pousada, Neco, e seu amigo de infância.

O Neco assou um peixe fresquinho para a janta, o qual, por sinal, estava espetacular!

Dia 3 no Pantanal

Acordamos bem cedo e pegamos a transpantaneira, para voltar a Poconé. Paramos, novamente, no Camping Portal do Paraíso para almoçar e fazer um passeio a cavalo, dentro do pântano.

Voltamos, por fim, a Cuiabá.

VEJA TAMBÉM O ROTEIRO ACIMA MAIS DETALHADO, COM INFORMAÇÕES ADICIONAIS, ACESSANDO A POSTAGEM PANTANAL.

NOBRES – MT

Esta região do Mato Grosso, ainda pouquíssimo explorada, guarda belezas naturais ímpares. É, de certa forma, o que Bonito-MS foi no passado, porém, mais rústica e com menos infraestrutura.

A princípio, não havíamos incluído Nobres em nosso roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães. Porém, posteriormente inserimos esse lindíssimo destino em nosso itinerário.

1o Dia em Nobres – Lagoa das Araras

Apanhamos a estrada até a vila de Bom Jardim, que é um distrito da cidade de Nobres. O lugar conta com uma rica fauna e flora, com muitos peixes, pássaros, rios e cachoeiras, onde se pode contemplar a vida silvestre e a paisagem, percorrendo trilhas ou flutuando nos cursos d’água.

É recomendável levar dinheiro em espécie, porque na vila não há caixas eletrônicos ou bancos e nem todos os lugares aceitam cartão.

Os passeios em Nobres são tabelados e é necessário o acompanhamento de um guia para a maior parte das atrações turísticas.

Na primeira tarde por ali, fomos à Lagoa das Araras.

Trata-se de uma lagoa, de onde brotam muitas palmeiras buriti e onde, às 17h00, diariamente, pousam várias araras, entre outros pássaros, como tucanos, periquitos, papagaios, curicacas etc.

2o Dia em Nobres – Aquário encantado, rio Salobra e rio Estivado

Logo pela manhã, fizemos um passeio ao Aquário Encantado (R$75,00 por pessoa). Trata-se de um passeio de flutuação em um rio, de águas de um deslumbrante azul, repleto de peixes.

Depois que saímos da água do “aquário”, caminhamos, por aproximadamente 500 metros, até o rio Salobra, descendo com a correnteza e visualizando centenas de peixes, sobretudo a piraputanga.

Já na parte da tarde, fomos ao balneário do rio Estivado, onde passamos o final do dia, nos refrescando. Há um bar/restaurante no local.

Além disso, nas árvores localizadas no estacionamento, havia muitos macaquinhos prego que, muito curiosos, vinham ver se tínhamos comida para lhes dar.

3o Dia em Nobres – Cachoeira Serra Azul

Logo cedo, fomos à bela cachoeira Serra Azul, cartão postal de Bom Jardim. Ela é definitivamente especial, consistindo em uma queda d’água, que termina em uma lagoa de tom azulado, repleta de piraputangas. Fica a aproximadamente 25km da vila e, por outro lado, é necessário acompanhamento por um guia para fazer o passeio (R$50,00 por pessoa).

Após o passeio, apanhamos a estrada, rumo a Bonito-MS, para dar continuidade ao nosso roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães.

Dirigimos por aproximadamente 10 horas, parando apenas para almoçar em Cuiabá, e dormir, em Coxim, esta última, já no Mato Grosso do Sul.

VEJA TAMBÉM O ROTEIRO ACIMA MAIS DETALHADO, COM INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE NOBRES, INCLUINDO-SE DICAS DE HOSPEDAGEM, RESTAURANTES E BARES.

BONITO-MS

Bonito, no Mato Grosso do Sul, é sem qualquer sombra de dúvidas um dos lugares mais incríveis de nosso país. O adjetivo que define o lugar está, inclusive, em seu nome, ou seja, Bonito.

Conhecer o lugar foi, dessa forma, o ponto alto de nosso roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães!

Dia 1 em Bonito-MS

Depois que paramos em Campo Grande-MS, para almoçar, seguimos até Bonito e chegamos ao nosso destino final às 19h30.

Dia 2 em Bonito-MS – Nascente Azul

Ainda de manhã, fomos primeiramente à nossa agência pegar os vouchers dos passeios, que são tabelados pela central de turismo do município. É necessário reservar os passeios de antemão, através de uma agência de turismo de Bonito-MS, com alguma antecedência, pois há um limite máximo de pessoas, por dia, nas atrações.

Parque da Nascente Azul

Na parte da tarde, fizemos o passeio da Nascente Azul, que se trata da nascente do Rio Bonito.

Chegamos ao balneário, que conta com excelente infraestrutura, ao passo que oferece atrações diversas tais como caiaque, tirolesa, piscina natural etc.

Em seguida, uma guia nos conduziu pela trilha, que conta com aproximadamente 1,5 km e margeia o rio, até chegar à sua nascente.

No caminho, apanhamos o equipamento de flutuação (roupa de neoprene, bem como colete), que já está incluso no preço do passeio. Não é permitido tocar o fundo do rio com os pés, para que não seja levantada areia.

Flutuamos ao longo de aproximadamente 200 metros e avistamos, assim, muitos peixes (diversas subespécies de piraputanga, que é o peixe mais encontrado em Bonito).

Dia 3 em Bonito-MS – Gruta do Lago Azul, Gruta de São Miguel e trilha de 4×4

Gruta do Lago Azul

Foi necessário madrugar no dia de hoje, para que pudéssemos fazer o passeio à Gruta do Lago Azul, cartão postal de Bonito-MS. Fizemos uma pequena trilha até a entrada da gruta e lá descemos uma escadaria de pedra. Porém, não demos muita sorte, porque fomos no passeio das 7h20 e esse horário não tem muita luminosidade.

Ou seja, é melhor ir nas horas mais claras do dia.

Gruta de São Miguel

Seguimos, então, para a gruta de São Miguel, que fica nas proximidades.

Apanhamos a trilha, em uma plataforma suspensa, sobre a copa das árvores, até a caverna.

A caverna é muito interessante, pois é repleta de estalactites, estalagmites, coraloides, travertinos etc. 

Uma aventura de 4X4 em Bonito

Na volta, paramos no evento de 4×4 que estava acontecendo no Resort Zagaia. Além disso, fizemos uma trilha com o grupo (trilha boiadeiras).  

O colega acima ficou literalmente coberto de lama dos pés à cabeça!

Dia 4 em Bonito-MS – Rio do Peixe e Aquário Natural da Baía Bonita

Rio do Peixe

Pela manhã, fizemos o passeio do Rio do Peixe, que também fica dentro de uma fazenda.

Percorremos as margens do rio, por uma trilha suspensa, avistando seu leito, de cor verde esmeralda, passando, ainda, por lindas cachoeiras (em torno de 6).

A última e mais interessante é chamada Poção, que tem profundidade de 5 metros e onde deságua uma queda.

Na volta, passamos, também, pela cachoeira do elefante.

Aquário Natural da Baía Bonita

Já na parte da tarde, fomos ao Aquário Natural da Baía Bonita.

É um excelente lugar para flutuação, pois há muitas piraputangas, dourados, piaus, entre outros peixes menores.

A cor é de um azul marinho intenso, ao passo que a vegetação, ao fundo do rio, é alta e esverdeada.

Dia 5 em Bonito-MS – Rio da Prata

Hoje fizemos um passeio incrível, qual seja, o do Rio da Prata. Entre todos os passeios de flutuação em nosso roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães, consideramos esse o mais interessante. Para chegar ao local, primeiramente, é preciso dirigir até uma fazenda, que se trata de uma RPPN – reserva particular do patrimônio natural.  Em seguida, faz-se uma pequena trilha de aproximadamente 2 km até a nascente do olho d’água.

O dourado praticamente pousou para a foto!

Buraco das Araras

Na parte da tarde, fomos ao curioso Buraco das Araras, cuja geografia é interessantíssima. Trata-se da maior dolina da região.  

As araras sobrevoam o buraco e descem, majestosamente, em voo rasante.

No caminho de volta, vimos até mesmo um lobinho!

Dia 6 em Bonito-MS – Boca da Onça

Fizemos a trilha ecológica da Boca da Onça. O passeio é dentro de uma fazenda, que também é uma RPPN. As trilhas são bem demarcadas, com tábuas e escadas de madeira. Comecei, primeiramente, fazendo um rapel, de 90 metros. A vista era magnífica, pois era possível visualizar as montanhas, entrecortadas pelo Rio Salobra, de águas verde-esmeralda.

Ao final, retoma-se a trilha, que passa por diversas cachoeiras interessantíssimas. A primeira e maior é a Cachoeira Boca da Onça, de 156 metros de altura, cuja forma lembra a face de uma onça.

Continuamos a trilha e passamos também pela cachoeira do Fantasma (a formação rochosa da cachoeira lembra um fantasma) e do Macaco.

Por fim, passamos pelas lindas cachoeiras da Anta, do Jabuti e da Cotia.

Todas elas contam com tufas calcárias, que formam degraus e piscinas naturais, de água cristalina.

Último dia em Bonito-MS – Rio Sucuri

Em nosso último dia em Bonito-MS, fizemos a flutuação do Rio Sucuri. Esta atração também fica em uma fazenda RPPN. Antes de chegar à nascente, primeiramente, fizemos uma trilha ecológica, na mata.

Por fim, já era o momento de deixar Bonito-MS. 

VEJA TAMBÉM O ROTEIRO ACIMA MAIS DETALHADO, COM INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE BONITO, INCLUINDO-SE DICAS DE HOSPEDAGEM, RESTAURANTES E BARES.

Fim do roteiro em Bonito – Pantanal – Chapada dos Guimarães

Em seguida, apanhamos a estrada de volta. Cruzamos a fronteira com o Estado de São Paulo na ponte sobre o imenso Rio Paraná, dormindo na cidade de Presidente Epitácio e, finalmente, chegando em casa, no dia seguinte.

Para mais destinos relacionados a ecoturismo, veja igualmente as postagem sobre a AMAZÔNIA, MARANHÃO e JALAPÃO.

Não deixe de conferir, além disso, o excelente post do Rozembergue, do Blog de viagens Destinos Notáveis, exclusivamente sobre Bonito-MS, no link DESTINOS NOTÁVEIS – BONITO.

Veja, ainda, o post da Fefa Pelo Mundo sobre UM ROTEIRO COMPLETO EM SOCORRO, no interior de SP. Você sabia que, assim como Bonito-MS, lá também tem um rio chamado “Rio do Peixe”?