Opera de Sidney

O que fazer na Austrália

A Austrália é um país incrível, cheio de atrações e belezas naturais, em tons que variam entre o mais azul dos mares, o verde das florestas e o ocre do deserto.

O país é imenso, com dimensões continentais, sendo impossível, portanto, conhecê-lo em pouco tempo ou mesmo em uma só viagem.

Este post relata uma jornada que fiz no ano de 2004, na qual eu passei por Sidney, Costa Oeste, deserto (Outback) e Tasmânia, em um roteiro de 17 dias.

Já para a Costa Leste, fui apenas em 2018 (Fraser Island, Whitsunday Islands e Grande Barreira de Corais).

Eu embarquei completamente sozinha neste meu primeiro roteiro na Austrália e me hospedei em hostels (albergues), pois assim é mais fácil conhecer pessoas e fazer amizades.

Os hostels na Austrália são excelentes (você já pode escolhê-lo ao desembarcar nos principais aeroportos) e, além disso, oferecem muitas facilidades, como a venda de passeios, tours, pacotes, traslados, ingressos, entre outros.

Confiram, então, o que é possível conhecer da Austrália, neste período de 17 dias.

Dia 1 – Sidney – a cidade mais cosmopolita da Austrália

A capital da Austrália é Canberra, mas, mesmo assim, todos pensam que Sidney ostenta esse título, por ser a metrópole mais cosmopolita do país.

A mais emblemática atração de Sidney – e a mais conhecida dentre as atrações da Austrália – é a Opera House, o teatro construído em forma de conchas, entre 1959 e 1973. Ao seu redor, há uma área à beira-mar, muito agradável para passeio, com bares, cafés, bem como restaurantes. Dessa forma, vale a pena passar uma tarde perambulando por lá.

Opera House - Sidney - Austrália
Imagem de Steffen Zimmermann

Dia 2 – Sidney e arredores

Conforme eu mencionei, é possível contratar junto aos hostels passeios e tours pelos arredores de Sidney.

Um dos mais procurados é o day-tour que leva até as Blue Mountains (montanhas azuis).

Primeiramente, visita-se o Parque Featherdale Wildlife, onde o visitante logo começa a se familiarizar com a fauna australiana. Ali, vi pela primeira vez cangurus, coalas e o diabo da tasmânia, além de morcegos gigantes e crocodilos. Por outro lado, os bichinhos vivem em espaços grandes e são muito bem tratados.

Imagem de Pen Ash
 Featherdale Wildlife - Austrália

A parada seguinte são os Cânions de Wentworth Falls e sua cascata.

Cânions de Wentworth Falls

Por fim, a mais interessante atração do tour: as Blue Mountains, onde ficam as Three Sisters (“as três irmãs”). Segundo uma lenda aborígene, o chefe de uma tribo teria transformado suas três filhas nestas três rochas, para que não namorassem.

Blue Mountains - Austrália
Three Sisters – imagem de Monika Hafliger

Eventualmente, pode ser que o guia leve o grupo a um PUB, para tomar uma cerveja, como foi nosso caso.

Para a noite, uma boa pedida é o Darling Harbour, uma região cheia de bares e clubes, também à beira-mar e não muito longe da Opera House.

Darling Harbour
Darling Harbour – foto de Patty Jansen
Darling Harbour - Austrália

Dia 3 – Praias em Sidney

Sidney conta com diversas praias urbanas, excelentes para banho e também para surf. Nesse sentido, as mais famosas são Manly Beach e Bondi Beach. Passei uma tarde na badalada Bondi Beach, que, além disso, conta com diversos cafés e restaurantes ao seu redor.

Bondi Beach - Sidney
Imagem de Gbates94

Vale muito a pena, ainda, fazer no período noturno um passeio de barco pelo porto de Sidney, para ver a Opera House iluminada.

Sidney - opera house
Imagem de Scott Chin

Um bairro que igualmente merece uma visita no período noturno é o Kings Cross, que é cheio de bares, como o Pub Omaley’s.

Dia 4 – Rumo ao deserto da Austrália – Alice Springs

O Outback é o deserto australiano, sendo, do mesmo modo, uma das regiões de maior beleza natural do mundo.

Ao chegar no Outback, percebemos imediatamente a mudança drástica na paisagem: ali se vê a verdadeira Austrália, sem o disfarce dos arranha-céus.

Desde logo, nos deparamos com uma terra ocre, salpicada de cangurus perambulando livremente na natureza, leitos de rios secos, insetos assustadores, curiosos répteis, entre outras coisas jamais vistas.

Imagem de Pen Ash

Por outro lado, a pequena vila de Alice Springs é a base de saída para explorá-lo.

Assim, algumas atrações de Alice Springs e seus arredores são:

Centro da vila

Alice Springs era anteriormente uma estação de telégrafo da linha que se estendia de Adelaide até Darwin. No centro da vila, há um mirante que proporciona uma vista de 360º da região.

Mac Donnel Ranges

Mac Donnel Ranges é uma cordilheira de montanhas, com interessantes formações rochosas, causadas como resultado da ação do tempo. É um excelente local para trilhas, ao passo que algumas de suas principais atrações são:

Standley Chasm: se trata de uma fenda na rocha, que se abre em dois paredões, sendo que ali era antigamente fundo de oceano.

Standley Chasm
Imagem de beyondwildplaces.com

Simpsons Gap: Ali se caminha ao longo do leito de um grande rio seco, enquanto wallabies saltitam pelas rochas (wallabies são uma raça de cangurus, de pequeno porte).

wallabies
Imagem de traveloutbackaustralia.com

Dia 5 – Outback – o deserto da Austrália

O Outback é, sem dúvida nenhuma, o ponto de maior beleza natural em um roteiro na Austrália Central. Nesse sentido, algumas de suas atrações são:

Mount Conner

O Mount Conner é um monte achatado, que lembra uma chapada.

mt Conner - Austrália
Imagem de australiancamping.com.au

Uluro (Ayers Rock)

Uluro é uma impressionante rocha, que mais parece um meteorito, de tom avermelhado, no meio da planície do deserto australiano. Trata-se de uma pedra sagrada para os aborígenes.

Durante o pôr do sol, a rocha vai mudando de cor, à medida que o astro mergulha no horizonte. É definitivamente uma das mais belas atrações da Austrália.

Uluru - Ayers Rock - Outback - Austrália
Imagem de Walkerssk

Kata Tjuta (Olgas)

As Olgas são formações rochosas avermelhadas, igualmente sagradas para os aborígenes e também uma das principais atrações da Austrália.

Olgas - Outback - Austrália
Imagem de cartographerro – HipPostcard

Cultural Center – os aborígenes da Austrália

O interessante Cultural Center é um centro de exibição da bela arte aborígene, onde são expostas pinturas e esculturas.

arte aborígene
Imagem de Esther1721

Quem são os aborígenes?

Os aborígenes foram os primeiros povos a habitarem a Austrália. Eles são nômades e caçadores, ao passo que possuem uma cultura bem marcante. Eles usam a arte e a música como meio de comunicação, sendo que a pintura aborígene é belíssima. Da cultura aborígene originaram-se alguns instrumentos por nós conhecidos, tal qual o boomerang, por eles utilizado para a caça, bem como o instrumento musical didgeridoo, uma espécie de flauta grande, com um som grave e único.

Imagens de Ianknabe66 e Tim Lin

Dia 6 – Um pouco mais do Outback da Austrália

Conforme eu disse, o deserto da Austrália é repleto de atrações.

Outra delas é o Kings Canyon, com belas formações rochosas, onde se pode fazer trilhas e caminhadas, bem como poços de água, onde é possível se banhar.

Imagem de Jacqueline Wales

Nas imediações há, da mesma forma, algumas galerias de arte aborígene.

Dia 7 – Costa Oeste da Austrália – Perth

Bem, já vimos neste roteiro um pouco do Sudeste, bem como do Centro da Austrália. Em contrapartida, agora é hora de voar ali para a Costa Oeste, terra onde o sol se põe atrás do mar!

Imagem de M Seimori

Perth

Perth é uma das principais cidades turísticas da costa Oeste da Austrália e é do mesmo modo um ponto de partida para se visitar diversas atrações da Austrália.

Perth - Austrália
Image by akenarinc

Além disso, Perth é uma cidade muito animada, com praias badaladas, beach clubs, bares e restaurantes.

Fremantle

Próximo a Perth, fica a pequena Fremantle, uma vila costeira, em estilo colonial. Além de ser um balneário muito elegante, ela conta com outras atrações, tal qual a Round House, uma antiga prisão aberta para visitação, bem como o Fremantle Markets, um interessante mercado.

Fremantle - Costa Oeste Austrália
Imagem de Bazza Boy

Rottnest Island

A partir de Fremantle, é possível apanhar uma pequena balsa para a exótica Rottnest Island. Esta ilhota, de águas azuis e cristalinas, tem esse nome por causa do marsupial endêmico que a habita, ou seja, o quokka, que mais parece um rato.

quokka - Austrália
Imagem de Tracy Wong

Não é preciso carro para explorar Rottnest Island, pois você pode alugar uma bicicleta e dar a volta completa na ilha.

Uma das praias mais belas dali é a The Basin Beach, de água azul turquesa. Outras atrações são, ainda, as piscinas de água salgada e o mirante, que possibilita uma visão panorâmica.

Rottnest Island - Austrália
Imagem de Jan le Mann

Dia 8 – Arredores de Perth – Pinnacles Desert

Pinnacle Desert

Uma das coisas mais interessantes que já vi na vida e uma das mais exóticas atrações da Austrália é o Pinnacles Desert. Trata-se de uma região desértica, onde se formaram pináculos, a partir de plantas fossilizadas, como resultado da ação do tempo (ou seja, chuva, erosão etc.).

Deserto de Pináculos
Imagem de Monika Neumann

O day-tour para lá sai de Perth e inclui uma parada em um parque de coalas, bem como um passeio por dunas de areia.

Coala
Imagem de Benjamin Balazs

Dia 9 – Outras atrações nos arredores de Perth – Wave Rock e York

Wave Rock

A intrigante Wave Rock é uma rocha que parece uma onda (daí o nome), sendo, ainda, uma das mais exóticas atrações da Austrália. Seu formato se deve à ação das águas, sobretudo quando a região era fundo de oceano.

Wave Rock - Austrália
Imagem de Ejakob

Nas proximidades da pedra está o Wildflower Shoppe, um parque com coalas, cangurus, lebres, emas, entre outros animais.

Ainda nos arredores da pedra, fica a caverna de Mulka, com inscrições rupestres.

York

York é a cidade mais antiga da Costa Oeste da Austrália, ao passo que suas construções são em estilo colonial.

Dia 10 – Margaret River – enoturismo na Austrália

Margaret River é uma região vinícola, que produz os melhores vinhos da Austrália, graças às suas condições geográficas e climáticas perfeitas para as uvas.

Os vinhos ali produzidos têm fama internacional, ao passo que ganham diversos prêmios.

Além disso, o enoturismo é o forte do local, sendo, ainda, uma das principais atrações da Austrália. Visitei duas vinícolas, onde fiz degustação: Xanadu e Leeuwin Estate Winery. Ambas são excelentes e os seus vinhos são simplesmente sensacionais!

Imagem da homepage da vinícola

PS: Para informações sobre o enoturismo no Brasil, não deixe de conferir nosso post sobre o Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.

Caverna de Mammoth

Na região, fica igualmente situada a impressionante Caverna de Mammoth, repleta de estalactites e estalagmites.

Mammoth cave - Austrália
Imagem de Tripadvisor

Dia 11 – As praias de Perth

Além de conhecer a área urbana de Perth, vale a pena, ainda, passar um dia em uma das suas praias.

Perth
Image by Anna Palinska

Talvez você se depare com um tubarão e a praia seja interditada, como aconteceu comigo. Mas, enfim, em se tratando de Austrália, não poderia ser diferente: faz parte!

Eu fui à badalada praia de Cottesloe, em cujos arredores há muitos restaurantes, bares e beach clubs.

Além disso, são muito comuns por ali, aos domingos, os Sunday’s Sessions (em outras palavras, festinhas que começam antes do meio-dia e encerram no final da tarde).

Sunday sessions
Cottesloe Beach Hotel – Imagem de Perthisok

Dia 12 – Da Costa Oeste da Austrália para a Tasmânia

A Tasmânia é uma grande ilha, situada ao sul da Austrália, cuja capital é Hobart.

Não é uma das mais famosas atrações da Austrália, mas, em contrapartida, é um lugar muitíssimo interessante de se visitar.

Hobart

O primeiro europeu a chegar ali foi o holandês Abel Tasman, em 1642. Posteriormente, em 1803 foi estabelecida na Tasmânia uma colônia penal, para criminosos reincidentes, sendo que as prisões principais eram em MacQuarie Harbour e Port Arthur.

Dia 13 – Hobart

A capital da ilha, Hobart, é uma das cidades mais antigas da Austrália, contando com portos e construções seculares.

Hobart
Imagem de Carley05

É possível fazer um tour a pé pela cidade, sendo algumas de suas atrações: a Prefeitura (City Hall), o Tas Museum and Art Gallery, o porto, o Parlamento, o Parque e a Catedral St. David, bem como o Teatro Real.

Merecem especial destaque a Salamanca Street, que é repleta de casarões antigos, bares e restaurantes, e igualmente o Battery Point, o bairro mais alto da cidade, ainda não afetado pelo progresso. Naquele pitoresco bairro, ainda se vê casinhas de pescadores, que contam com mais de 150 anos e continuam bem preservadas.

Não deixe de fazer uma refeição no restaurante Mures, no porto, que serve frutos do mar muito frescos.

mures restaurant
Imagem da página do Facebook do restaurante

Dia 14 – Península Tasmânica e Port Arthur – a colônia penal da Austrália

Um day-tour muito popular entre os turistas é o da Península Tasmânica, que leva até a prisão de Port Arthur.

Durante o caminho, há muitos pontos de grande beleza natural, sendo alguns deles:

Tessellated Pavement: as rachaduras e trincas na rocha costeira formaram uma espécie de piso natural de lajotas.

tasman peninsula - Austrália
Imagem de JJ Harrison por Wikimedia

Waterfall Bay Look: é um mirante que proporciona a vista de belas falésias.

Foto de tourstas.com.au

Tasman Arch: é um arco natural na pedra.

Tasman Arch
Imagem de Jerrye e Roy Klotz MD, por Wikimédia

Devil’s Kitchen: é uma fenda na rocha, por onde o mar passa furiosamente.

devil's kitchen - tasmania - Austrália
Imagem de enjoytasmania.com.au

Blow Hole: é um buraco, onde as ondas batem com tanta força, que se esfumaçam.

Tasmania - Austrália
Imagem de Eagle Hawk Neck

Chegando-se, por fim, a Port Arthur, há um tour guiado no interior da prisão. Esse presídio foi estabelecido em 1830 e custodiava os condenados reincidentes do império britânico, que eram tratados com bastante severidade, ou seja, com castigos físicos e psicológicos. Em suma, era uma prisão modelo, de segurança máxima, situado na Austrália, colônia penal britânica.

Port Arthur - Austrália
Imagem de Siggy Nowak

Dia 15 – Bruny Island

A pequena ilha de Bruny Island é verdadeiramente um espetáculo da natureza e um dos pontos altos em um roteiro na Austrália. Ela é composta por lindas falésias, cavernas, torres naturais e rochas, onde focas e leões marinhos passam preguiçosamente o dia.

Imagem de viator.com
Bruny Island

Ali é possível avistar também golfinhos e diversos tipos de aves.

O passeio é feito em um barco resistente às grandes ondas que lambem a ilha (assim, recomendo a ingestão de medicamento para enjoo). Apesar do mar revolto, o lugar é incrível e definitivamente merece uma visita.

Dias 16 e 17 – Hobart – fim do roteiro na Austrália

Um passeio muito interessante em Hobart consiste em se fazer um tour pela fábrica de cerveja Cascade, durante o qual é explicado todo o processo da produção da cerveja, desde a fermentação, até o engarrafamento.

Cascade Brewery
Imagem de Siggy Nowak

Depois que termina o tour, há degustação das bebidas e, além disso, há na fábrica um agradável jardim, com mesas, onde se pode consumir mais cerveja.

Por fim, outro ponto de Hobart que merece algumas horas é o Mercado Salamanca (Salamanca Market), que funciona todos os sábados, das 8h30 às 15h00. Trata-se de um mercado de rua, com tendas que vendem todo tipo de coisa, inclusive comes e bebes.

salamanca market
Imagem de salamancamarket.com.au

E assim terminou meu roteiro na Austrália, que, por me deixar com um gostinho de quero mais, me atraiu de volta no ano de 2018, para a Costa Leste.

Por fim, não deixe de conferir nossos posts sobre OUTBACK DA AUSTRÁLIASIDNEY E ARREDORES, COSTA LESTE DA AUSTRÁLIAFRASER ISLAND, WHITSUNDAY ISLANDSGRANDE BARREIRA DE CORAISBRISBANE, COSTA OESTE DA AUSTRÁLIA, TASMÂNIA e, ainda, nosso roteiro pela Nova Zelândia.

3 comentários em “Austrália”

  1. Pingback: O que você não deve deixar de fazer em Brisbane - Austrália - Agarre o Mundo

  2. Morro de vontade de conhecer a Austrália e quando for aproveitarei suas dicas de modo geral e especialmente para Sidney e arredores. Bela postagrm!

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