Alter do Chão

O que fazer em Alter do Chão, no Pará – o Caribe Amazônico

Estávamos viajando pela Amazônia (no Estado do Amazonas), quando resolvemos esticar a jornada para Alter do Chão, igualmente conhecida como “O Caribe Amazônico”, que é uma linda vila paraense, situada às margens do rio Tapajós.

Confira neste post, portanto, nossos relatos sobre o que fazer em Alter do Chão Pará, em um período de 4 dias.

Primeiramente, ressalto que boa parte da Amazônia legal encontra-se no Estado do Pará e essa região é dotada de grandes belezas. Mas, em contrapartida, essa é a parte da floresta amazônica que está mais devastada.

Assim, apanhamos um voo de Manaus até Santarém, igualmente no Pará, e de lá seguimos para Alter do Chão.

Havíamos entrado em contato de antemão com a agência de turismo Mãe Natureza, que providenciou hotel, traslado, bem como passeios.

Chegamos lá por volta das 22h00 e fomos diretamente para a agência, que também funciona como barzinho, com música ao vivo. No momento em que chegamos, um grupo musical tocava forró e carimbó (esse último é um estilo musical típico da região e se trata de uma mistura de forró com ritmos africanos).

Deixamos nossas coisas na pousada Tupaiulândia (R$150,00 o casal) e tomamos um banho. Em seguida, saímos caminhando. Há vários bares com música na vila. Primeiramente, paramos em um bar de esquina, onde uma roda de samba tocava chorinho e samba de raiz.

Depois, seguimos para a Mãe Natureza e tomamos uma cerveja.

Alter do Chão é muito alto astral!

Dia 1 – Alter do Chão – Pará

Logo cedo fomos à agência Mãe Natureza para nosso primeiro passeio em Alter do Chão. Embarcamos em uma pequena lancha que sai do portinho da vila e passamos, primeiro, pela praia do Amor, um istmo que forma uma praia no rio Tapajós.

Praia do Amor

turismo na Amazônia - Alter do Chão
turismo na Amazônia - Alter do Chão

A Praia do Amor fica em frente ao centrinho da vila e lá podemos relaxar, tomar sol e cerveja. Fica dentro da Lagoa Verde, que na realidade, é parte do rio Tapajós.

Ponta das Pedras

Navegamos pela Lagoa Verde e depois seguimos pelo leito do rio Tapajós, até a praia Ponta de Pedras, de areias bem claras.

turismo na Amazônia - Alter do Chão
turismo na Amazônia - Alter do Chão
turismo na Amazônia - Alter do Chão

Lá almoçamos um tambaqui assado, sob a sombra de um cajueiro. Nos banhamos nas águas do Tapajós, que é  bem cristalina, e vimos botos.

Após descansar um pouco, seguimos para o canal do Jari, um igarapé. No caminho, avistamos vários botos tucuxi e rosa. Paramos em um terreno habitado por uma família e percorremos, a pé, um local que seria um igapó na época de cheia. Havia vários bichos-preguiça e macacos de cheiro no terreno.    

Ponta do Cururu

No fim da tarde, fomos à Ponta do Cururu, um istmo, no rio Tapajós, que é um dos melhores locais para se ver o pôr do Sol em Alter do Chão. Infelizmente o local, apesar de lindíssimo, estava muito cheio, com diversos barcos com som alto. Ainda assim, é uma experiência muito legal, pois como o rio Tapajós é muito largo (em alguns pontos, há mais de 10 km de distância entre as margens), o Sol se põe na água.

turismo na Amazônia - Alter do Chão - Ponta do Cururu
turismo na Amazônia - Alter do Chão
turismo na Amazônia - Alter do Chão

No retorno, paramos na agência para tomar uma cerveja e jantar. No coreto da praça central apresentava-se uma banda de ritmos locais, com tecno-brega, calipso e carimbó.

Dia 2 – Floresta Nacional do Tapajós

É essencial fazer uma verdadeira trilha na mata primária, quando estamos na Amazônia, ao passo que Alter do Chão é um dos melhores locais para isso. Dessa forma, neste dia, logo cedo, carregando apenas uma pequena mochila, fomos à agência encontrar o guia, Sr. Mário, um profundo conhecedor da mata, para irmos à Floresta Nacional (Flona) do Tapajós (passeio aproximadamente R$580,00 por pessoa, com tudo incluído). Éramos nós dois e mais um casal. Iríamos dormir na floresta, mais precisamente, na comunidade cabocla chamada Jamaraquá, de aproximadamente 30 (trinta) habitantes.

Navegamos rio acima (Rio Tapajós), por aproximadamente 1h15, em um pequeno barco motorizado.

A Flona do Tapajós conta com 600.000 hectares de mata primária e secundária e nela estão assentadas quatro comunidades caboclas.

Jamaraquá

Chegamos à comunidade Jamaraquá e conhecemos sua presidente, a Sra. Conceição, muito simpática. Deixamos nossas coisas em uma palafita comunitária, onde dormiríamos.

turismo na Amazônia - FLONA Tapajós
turismo na Amazônia - FLONA Tapajós

Ficamos algum tempo na praia de rio, em frente à comunidade, tomando banho. Em seguida, almoçamos, sob uma frondosa árvore, um peixe ensopado com pirão, preparado pela Sra. Conceição e, depois do almoço, fizemos uma sesta, pois o calor estava intenso.

Por volta das 15h00, nós, o casal, o guia Mário e mais um guia local fomos caminhar. Conhecemos a comunidade e seu centro de artesanato indígena.

Entramos em um igapó seco e os guias nos davam interessantes explicações sobre a flora de Alter do Chão. Vimos plantas medicinais e outras, como urucum, breu branco, seringueiras etc. Em outras palavras, fazendo turismo na Amazônia, você vai ouvir todos aqueles nomes de produtos naturais vendidos pela Natura (risos). Até passei urucum no rosto!

Apanhamos uma canoa e navegamos pela parte ainda cheia do igapó. Pudemos avistar diversos pássaros exóticos, inclusive pica-paus. Além disso, em um igarapé, mergulhamos com máscaras e vimos alguns peixes.

turismo na Amazônia - FLONA Tapajós
turismo na Amazônia - FLONA Tapajós

Na volta, paramos em um istmo de areia, onde assistimos a um esplêndido pôr do sol.

turismo na Amazônia - FLONA Tapajós
turismo na Amazônia - FLONA Tapajós
turismo na Amazônia - FLONA Tapajós
turismo na Amazônia - FLONA Tapajós
turismo na Amazônia - FLONA Tapajós

Em seguida, retornamos à comunidade e jantamos tambaqui na brasa.

À noite, fomos dar uma volta na praia, somente com a luz de uma lanterna, e vimos dezenas de sapos, rãs e pererecas. Avistamos, também, um jacaré, no igapó.

Dia 3 – Floresta Nacional do Tapajós

Maguary

Acordamos muito cedo e, depois que tomamos um café da manhã com tapioca e frutas, partimos, a pé, para a comunidade cabocla vizinha, Maguary. Deixamos as coisas na casa de dona Maria e Sr. Joaquim, que servem refeições, e fomos fazer uma trilha, com o guia Mário e um guia local (que, enquanto caminhava, ia tecendo objetos, como sacolas, colares etc., com palha que retirava da mata).

A trilha começa pela vegetação secundária, que é mais baixa e mais abafada, para depois chegar à mata primária (virgem), que é, em contrapartida, mais alta, aberta e fresca. Nesta última, encontramos lindas árvores, frondosas e de grossos troncos, como jacarandá, castanheira, jatobá, breu branco, sumaúmas etc.

Vimos, também, árvore de cacau da mata, cipós com propriedades medicinais, flores, insetos enormes e saguis.

FLONA Tapajós
FLONA Tapajós

Ao final da trilha, encontramos a maior sumaúma da mata, apelidada de “vovó”. Ela conta com 1.100 anos e são necessárias 30 pessoas de mãos dadas para circundar seu tronco.

FLONA Tapajós
FLONA Tapajós

Caminhamos por cerca de 6 horas, no total. Foi cansativo, mas foi uma experiência incrível.

Quando retornamos, tomamos um banho de rio para refrescar e almoçamos peixe com farinha na dona Maria.

Apanhamos o barco para voltar a Alter do Chão, mas, antes, paramos em uma linda praia no rio Tapajós, de areias branquinhas, para banho. Avistamos botos e vimos o pôr do sol, que estava espetacular.

Chegamos a Alter do Chão e jantamos no restaurante Tribal (aprox. R$80,00 o casal).

Dia 4 – Alter do Chão

Durante a manhã, apenas descansamos na pousada, pois o desgaste físico durante a trilha no dia anterior havia sido muito grande, por causa do calor.

Por volta das 15h00 saímos para almoçar em um delicioso restaurante vegetariano chamado Siriá. O cardápio era risoto de caju, chapati com queijo, bem como salada com molho de maracujá.

Praia do Amor

Depois que almoçamos, fomos à Praia do Amor, cartão postal de Alter do Chão. Sentamos na areia e nos banhamos na lagoa verde (que é parte do rio Tapajós). Aliás, em Alter do Chão, você vai perceber que o mar não faz tanta falta assim, pois as praias de rio substituem perfeitamente as marítimas.

Para chegar à praia do amor, é preciso atravessar de canoa ou nadar.

Alter do Chão
Alter do Chão
Alter do Chão

Depois que saímos da praia, fomos tomar uma cerveja na Mãe Natureza. Alguns músicos de rua se juntaram a nós e também o proprietário da agência.

Terminamos, por fim, nosso passeio por Alter do Chão e retornamos a Manaus, continuando, assim, nossa incursão pela Amazônia.

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