Roteiro em Portugal

Confira esse post sobre nosso roteiro em Portugal, com várias dicas sobre a capital e cidades do interior.

Portugal é um país fabuloso para se visitar, pois, além de a culinária ser espetacular e os vinhos excelentes, há lugares históricos incríveis e, sobretudo, repletos de significados para nós.

Já fui a Portugal duas vezes e em ambas igualmente descobrindo novas regiões, cidades, vilarejos e, claro, vinícolas.

Na primeira ida, que se deu no ano 2000, meu roteiro em Portugal concentrou-se na bela capital, Lisboa, bem como na região do Algarve, que fica no sul do país.

Na segunda ida, que ocorreu em 2011 e a qual relato nesta postagem, explorei, em contrapartida, um pouco mais do norte e do centro.

Quem já leu alguma de minhas postagens sabe que definitivamente prefiro alugar um veículo, para ter mais autonomia.

Portanto, alugamos um carro no aeroporto de Madri, que foi por onde chegamos à Europa, e dirigimos até a fronteira com Portugal.

Fizemos o seguinte itinerário, em um total de 6 dias:

Dia 1 – Início do roteiro em Portugal: Viseu, Lamego e Peso da Régua

Dando início ao nosso roteiro em Portugal, logo ao cruzar as fronteiras da “terrinha”, o primeiro lugar onde paramos foi Viseu, uma linda vila com igrejinhas e casas tipicamente portuguesas.

Visitamos, além disso, a vila de Lamego, não muito distante dali, onde está situado o sagrado Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. 

Por fim, chegamos à incrível região do Douro, mais especificamente, ao local chamado “Peso da Régua”. Esta região, repleta de belas colinas cortadas pelo rio Douro, é onde se concentra grande parte das vinícolas portuguesas. É definitivamente um lugar que não pode ficar de fora em um roteiro em Portugal. 

Ali são cultivados diversos tipos de uva, tais quais a Douro, a Turiga Nacional, entre outras.

O rio Douro, por sua vez, deságua no oceano Atlântico, na altura da cidade do Porto, berço do licoroso vinho que leva o mesmo nome.

Procuramos uma vinícola para nos hospedarmos e, por sorte, encontramos a aconchegante e requintada Quinta das Torres de Oliveira, de propriedade de uma simpática viúva. 

A elegantíssima mansão, datada do século XVI, era coberta por azulejos e era mobiliada com móveis antigos. Isso sem mencionar os extensos campos de parreiras que a rodeavam.

Contava, ainda, com pátios interno e externo, sendo que neste último havia inclusive uma pequena capela.

Jantamos ali perto da vinícola, no tradicional restaurante Varandas da Régua, onde provamos as deliciosas “alheiras”, uma espécie de linguiça portuguesa, que é, porém, muito mais saborosas do que as nossas.

Dormimos, então, naquela belíssima mansão, sentindo como se tivéssemos viajado ao passado. Nesse sentido, hospedar-se em uma vinícola na região do Douro é uma experiência imperdível em um roteiro em Portugal.

Dia 2 – Peso da Régua e Guimarães

Logo depois de um delicioso café da manhã, caminhamos pelos vastos campos da Quinta das Torres.

Em seguida, apanhamos o carro para explorar mais um pouco a região do Peso da Régua e percorremos as sinuosas estradas que entrecortam lindas colinas forradas de parreiras e que margeiam o rio Douro.

Passamos por diversas vilas, por último a Tabuaço, onde almoçamos em um restaurante local.

Por fim, deixamos a região do Douro e rumamos para a região do Minho.

A parada inicial foi a bela cidade de Guimarães, que havia sido anteriormente a primeira capital do reino de Portugal, ainda no século XII, sob o reinado de Afonso I (que foi o primeiro rei de Portugal).  

Ali, visitamos o Castelo de Guimarães e o Castelo dos Duques de Bragança.

Além disso, passamos por lindas casas feitas de azulejo, praças e largos com igrejas, que remontam ao período medieval. O tempo estava fechado, dando, portanto, um ar lúgubre à nossa visita.

Seguimos, por fim, para Braga, onde dormimos.

Dia 3 – Braga, Barcelos, Viana do Castelo e Porto

Perambulamos em Braga pela manhã, passando, primeiramente, pela Sé e, na sequência, pela Praça onde ficavam os Arcos da Lapa.

Dando continuidade ao nosso roteiro em Portugal, seguimos, então, para Barcelos, berço da curiosa lenda do “Galo de Barcelos”.

Segundo a lenda, este galo, mesmo depois de morto, teria cantado para provar a inocência de um homem condenado à forca.

Continuamos percorrendo a estrada, rumo ao norte, até chegar, por fim, à cidade de Viana do Castelo, que fica na costa portuguesa, banhada pelo Oceano Atlântico. 

Ali está situado o interessante Santuário de Santa Luzia, uma bela igreja datada do século XIX, construída em um estilo arquitetônico inspirado na basílica Sacré Coeur, de Paris. Da mesma forma que esta última, ela coroa o topo de uma colina.

Por fim, seguimos para a cidade do Porto, uma das cidades mais belas que visitamos em nosso roteiro em Portugal.

Logo que chegamos ali, cruzamos a ponte até a cidade contígua de Vila Nova de Gaia, de onde se pode apreciar a mais bela vista do Porto.

Sentamo-nos, então, no Cais da Ribeira, nas margens do rio Douro, onde degustamos um vinho do porto branco, vislumbrando os barcos rabelo passarem.

Em seguida, perambulamos por Vila Nova de Gaia, subindo até um mirante.

A vista do rio ao anoitecer é simplesmente mágica.

Jantamos, então, em um restaurante especializado em bacalhau, encontrados ao montes ali em Vila Nova de Gaia.

Dia 4- Porto e Aveiro

Porto

Ainda em Porto, resolvemos apanhar aqueles ônibus de sight seeing, igualmente conhecidos como “hop on, hop off”, para fazer um city tour e conhecer os pontos mais interessantes de Porto.

Percorremos, então, os seguintes circuitos:

1- Circuito das pontes, o qual passa pela Ponte Dom Luis I, Ponte dos Infantes e Ponte Dona Maria Pia, tendo sido esta última projetada por Gustave Eiffel.

2- Circuito do Centro histórico, que passa por igrejas, praças, Bolsa de Valores, Torre dos Clérigos (que é o edifício símbolo do Porto), catedral da Sé, bem como pela Universidade do Porto, entre outros.

3- Circuito da orla e do porto, o qual passa por praias e pelo porto, de onde saíam imigrantes para o Brasil, no século XX.

Depois de terminar o city tour, fomos visitar a famosa cave Sandeman, produtora de vinho do porto, localizada na Vila Nova de Gaia.

Aveiro – A “Veneza” de Portugal

Por fim, deixamos o Porto e seguimos para a encantadora Aveiro, também conhecida como “A Veneza portuguesa”, em razão dos canais que a entrecortam.

Ali, vale a pena visitar a Igreja de São Gonçalinho, assim como o Canal do Cojo, o qual é salpicado por lindos barcos coloridos.

Para mais dicas sobre o que fazer em Aveiro, não deixe de visitar o site da Aline, do Latitude Infinita, clicando aqui: O que fazer em Aveiro.

Dia 5- Óbidos, Sintra, Belém e Lisboa

Óbidos

Se existe um lugar que merece uma visita, este lugar definitivamente é a vila de Óbidos, o vilarejo mais encantador que visitamos em nosso roteiro em Portugal.

Trata-se de uma cidade medieval cercada por muralhas e que alberga um belo castelo.

Por outro lado, vinhedos espalhados sobre as colinas de seus arredores complementam o cenário.

Quem chega ali, sente-se voltando mil anos no tempo.

Ao se aproximar das muralhas, primeiramente, o visitante de depara com a “Porta da Vila”, um arco ornamentado com azulejos azuis, entrada da cidade.

Depois de cruzar tal portal, perambulamos pelas ruelas de pedra que serpenteavam a vila, repletas de casinhas brancas com flores em suas sacadas.

Paramos, então, em um barzinho assentado sobre as muralhas e ali nos sentamos para tomar uma taça de vinho.

Sintra

Rumávamos em direção à Lisboa, porém, primeiramente, passamos pela vila de Sintra, que se situa nos arredores da capital, para visitar os majestosos Palácio da Pena e Castelo dos Mouros.

O Palácio da Pena foi construído no século XIX, em estilo arquitetônico romântico. Na realidade, a construção é um mosaico de estilos, contendo simultaneamente elementos góticos, mouros e manuelinos, pois várias partes foram sendo incorporadas ao longo dos anos. Ali viveram reis tais quais Pedro V e Manuel II (que foi o último rei de Portugal).

Já o Castelo dos Mouros, que fica ao lado do Palácio da Pena, data do século IX e remonta ao período de ocupação islâmica em Portugal. Na realidade, não passa de uma fortificação, construída acima de tudo para fins de proteção.

Belém

Chegando às imediações de Lisboa, primeiramente, visitamos a belíssima Torre de Belém, em estilo gótico-renascentista, situada no Distrito de Belém, na margem do rio Tejo. A torre foi construída no século XVI, sobretudo para fins de proteção e marca o local de onde partiam os navios para as índias.

Visitamos, ainda, o fascinante Mosteiro dos Jerônimos, que, assim como a Torre de Belém, foi construído no mais refinado estilo manuelino, estilo arquitetônico exclusivo de Portugal, que teve origem na época do grande Rei Manuel I e que consistia em uma transição entre a arquitetura medieval e a renascentista (ou seja, estilo gótico-renascentista). 

O mosteiro, erigido pelo infante Dom Henrique (também conhecido pela alcunha de “O Navegador”), abriga em seu interior o sepulcro de ninguém menos que Vasco da Gama e Luís de Camões.

Já era noite quando chegamos à Lisboa e então apenas demos uma volta pelo tradicional bairro Alfama e também pelo agradável bairro do Chiado.

O Chiado conta com duas partes, ou seja, o Baixo e o Alto. Jantamos neste último, que é repleto de excelentes restaurantes e bares.

Dia 6 – Lisboa e Évora

Pela manhã, continuamos da mesma forma passeando pela bela Lisboa. A capital conta com alguns “Miradouros” espalhados, ou seja, mirantes, que proporcionam uma linda vista panorâmica da cidade e do rio Tejo.

A partir dos mirantes, também é possível se obter uma fabulosa vista do Castelo de São Jorge, padroeiro de Portugal, coroando a cidade. Ele foi erigido em um local estratégico, o qual por mais de dois mil anos foi ponto de fortificações romanas e mouras.

Visitamos, ainda, a Catedral da Sé, a Praça da Figueira, a Estação do Rossio e o Elevador de Santa Justa.

A Catedral da Sé, em estilo romanesco, data do século XII e é a mais antiga de Lisboa, tendo sido construída por Dom Afonso I, primordialmente para fins de proteção contra os mouros.

Já a Estação do Rossio é considerada uma das mais belas estações do mundo.

Por fim, o Elevador de Santa Justa, feito em ferro, liga a parte baixa à parte alta do Bairro Carmo.

Évora

Deixando Lisboa, seguimos, então, para a encantadora cidade de Évora, igualmente uma das vilas mais belas de nosso roteiro em Portugal. Ali há preservadíssimas reminiscências do império romano.

Os mais belos exemplos destas ruínas são o Templo Romano, também conhecido como Templo de Diana, que data do século I, bem como o aqueduto romano.

Visitamos, ainda, a igreja da Sé, com suas torres assimétricas.

Por fim, visitamos a funesta, porém, interessantíssima, capela de ossos, cujas paredes e altar são inteiramente feitas com ossos humanos (cerca de 5.000 esqueletos).

Ela data do século XVII, tendo sido construída por monges e é um dos monumentos mais conhecidos de Évora.

Em sua entrada, há a seguinte inscrição: “Nos ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”, o que, sem sombra de dúvida, nos faz parar e refletir sobre o sentido e o propósito de nossas vidas!

Adicionais – outro roteiro em Portugal

Relatei acima o roteiro em Portugal realizado no ano de 2011, após o que, retornamos à Espanha e continuamos a jornada.

Contudo, vale fazer alguns apontamentos sobre a viagem que fizemos no ano 2000, também para Portugal, no ano 2000.

Conforme eu disse no início da postagem, naquela ocasião, passei mais tempo em Lisboa e visitei, ainda, Coimbra, o Santuário de Fátima, Queluz e a região do Algarve.

Coimbra

Chegamos igualmente pela fronteira espanhola, cruzando a Serra da Estrela, e a primeira cidade que paramos foi Coimbra, que alberga a centenária Universidade, fundada por Dom Dinis, no século XIII. Nesta cidade nasceu o primeiro rei de Portugal, qual seja, o Dom Afonso I.

Santuário de Fátima

Entre Coimbra e Lisboa, está situado o Santuário de Fátima, cuja visita nos causou muita emoção, principalmente pelos milhares de fiéis e pagadores de promessas que ali estão, alguns inclusive, caminhando sobre seus joelhos. O Santuário fica a aproximadamente 130 km de Lisboa.

Queluz

O requintado Palácio de Queluz está situado na cidade que leva, pois, o mesmo nome e que fica a 15 km de Lisboa.

Ele conta com estilo arquitetônico do tipo rococó e seu belíssimo jardim lhe dá ares de um palácio francês, razão pela qual ele leva a alcunha de “Versalhes de Portugal”. Construído em 1747, se destinava originalmente à hospedagem para caçadas, tornando-se, posteriormente, residência real. Ele é ricamente decorado com tapeçarias portuguesas, mármores italianos, azulejos holandeses, bem como porcelanas austríacas. Ali viveram nossos conhecidos Dom João VI e sua consorte, Carlota Joaquina, local onde deram à luz seu filho Dom Pedro I.

Mais atrações em Belém

Além da Torre, também em Belém está situado o Monumento dos Descobrimentos, construído em 1960, para celebrar 500 da morte do Infante Dom Henrique, o Navegador, fundador do primeiro observatório de Portugal e da Escola Náutica de Sagres. O monumento tem por finalidade retratar o Infante liderando um grupo composto por marinheiros, padres, poetas, entre outros, rumo à glória imperial.

Naquelas bandas, merece uma visita, ainda, a Fábrica de Pastéis de Belém. Ali é possível provar os autênticos “pastéis de Belém”, pois os vendidos em outros lugares são simplesmente chamados de “pastel de nata”. Além disso, a fábrica está situada em um belíssimo casarão, que data do século XIX.

Mais atrações em Lisboa

Lisboa é uma antiquíssima cidade e conta, portanto, com inúmeras atrações. Além das já narradas acima, recomento, ainda, que você perambule pela Praça do Comércio e Arco da Rua Augusta, bem como pela Praça D. Pedro IV.

Esta primeira foi severamente danificada por um terremoto em 1755 e posteriormente reconstruída seguindo o plano do Marquês de Pombal.

De forma alguma deixe de ir a uma casa de fados em Lisboa. Há várias delas, mas optamos por uma das mais tradicionais, chamada Parreirinha da Alfama, localizada no bairro que leva o mesmo nome e que é um dos mais antigos de Portugal. O local é aconchegante e ali se pode jantar e tomar um vinho, enquanto as apresentações ocorrem.

Lá pelos idos de 2000, a região das Docas de Lisboa havia acabado de ser revitalizada e havia por ali diversos restaurantes, além de bares, pubs, discotecas, casas de salsa, entre outros. Ou seja, é um lugar animadíssimo para se curtir a noite.

Algarve e os balneários de Portugal

Visitamos, naquela ocasião, também a região do Algarve, charmosa área litorânea no extremo sul de Portugal, onde há vários balneários, com ares um tanto quanto mediterrâneos.

Chegamos, pois, até o Cabo São Vicente, ponto extremo de Portugal (literalmente onde a Europa faz a curva), o qual conta com belas falésias e um farol.

Conhecemos, ainda, um ponto de grande importância histórica, que hoje abriga uma simples fortaleza, mas onde outrora funcionava a Escola Náutica de Sagres, fundada na época das grandes navegações e onde estudou Pedro Álvares Cabral.

A região do Algarve é composta por inúmeras cidades e vilas de interesse turístico, então, se você deseja obter informações específicas sobre estes pontos turísticos, acesse o site de minha amiga Patrícia, do site de viagens Descobrir Viajando, que é portuguesa, acessando o link DESCOBRIR VIAJANDO – ALGARVE

Para mais destinos na Europa, não deixe de conferir o roteiro pela Itália, Alemanha, Áustria, Leste Europeu, Grécia, Turquia.