Turismo no Jalapão


Confira esse post sobre o turismo no Jalapão, um paraíso no coração do Tocantins.

O Jalapão parece um daqueles cenários de filme, com lagoas azul- turquesa, cercadas pela mata muito verde, além de dunas douradas, cânions que parecem encantados e formações rochosas exóticas.

Desde que vi pela primeira vez fotos do lugar, fiquei absolutamente encantada e decidi que, assim que eu pudesse, iria conhecê-lo.

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Jalapão

Porém, quem decide fazer uma viagem de turismo no Jalapão normalmente se depara com algumas dúvida, principalmente no sentido de como explorar o lugar (por agência? Por conta própria? etc.) 

Em primeiro lugar, optamos por voar de São Paulo a Palmas, pois de carro ia levar muito tempo e tínhamos poucos dias de férias.

Além disso, preferimos contratar uma agência, com guia, para nos levar até as atrações, pois, além de as estradas no Parque do Jalapão exigirem veículos 4 x 4, não há muita sinalização. Por outro lado, é possível fazer o roteiro por conta própria, desde que com um 4 x 4.

Nesse sentido, há diversas agências que oferecem tours de até 6 dias. Nós optamos pelo tour de 5 dias, porque achamos que a programação era ideal, já que o tour de 4 dias não incluía algumas das atrações e o tour de 6 dias começava a “encher linguiça”.

É um tanto quanto demorado para chegar até as atrações do parque, pois elas ficam concentradas nas vilas de Mateiros e São Félix do Tocantins (mapa abaixo) e não dá para ir muito rápido nas estradas de terra.

Mapa Jalapao
Mapa do Parque
Escolhendo a agência:

Dentre as agências que fazem passeios de turismo no Jalapão, a que naquele momento estava melhor cotada era a Cerrado Dourado, pois, afinal, ela era a maior e tinha veículos mais novos. Contudo, eles andam em comboios de 4 ou 5 carros, onde cabem em média 6 pessoas. Isso significa, portanto, um grupo muito grande.

Como preferíamos, acima de tudo, algo mais intimista, optamos por uma menor.

Porém, a maioria das agências hospedam os turistas nos mesmos hotéis e fornecem refeições nos mesmos restaurantes, ou seja, a escolha da agência não vai influenciar na hospedagem e na alimentação.

Em suma, todas as pousadas em que ficamos são muito boas (parecem ter sido reformadas há pouco tempo), embora não sejam luxuosas.

Passamos, então, dois dias em Palmas e posteriormente seguimos para o Jalapão.

Palmas – via de entrada para o Jalapão

Palmas é uma cidade planejada, assim como Brasília. Por outro lado, embora tenha sido construída para abrigar 3 milhões de habitantes, conta com apenas 300.000. 

Em nosso primeiro dia, caminhamos pela Praça dos Girassóis, uma das maiores praças da América, onde fica o Palácio do Governo, a Assembleia Legislativa, bem como o Tribunal de Justiça.

Palmas
Palmas – Praça dos Girassóis

No interior do Palácio do Governo, uma rosa dos ventos no piso marca o ponto geodésico do Brasil, ou seja, o CENTRO absoluto de nosso território.

Palmas
Palmas – Palácio do Governo

O que mais capta nossa atenção na Praça dos Girassóis é o Monumento aos Dezoito do Forte de Copacabana, que homenageia, dessa forma, quem lutou na revolta de 1922, contra a República Velha. As estátuas são belíssimas e incrivelmente reais.

Palmas
Monumento aos Dezoito do Forte de Copacabana

Há ali, igualmente, um memorial, que abriga uma exposição sobre a história da criação do Estado do Tocantins.

Palmas
Memorial de Palmas

No final da tarde, fomos à Praia da Graciosa, nas margens do rio Tocantins, onde há vários bares e restaurantes. Tomamos um drink no bar Dona Maria Beach, enquanto assistíamos a um lindo por do sol.

Palmas
Bar Dona Maria Beach
Palmas
Praia da Graciosa
Palmas
Bar Dona Maria Beach
Taquaruçu

Logo pela manhã, alugamos um carro na Movida Rent e fomos até o distrito de Taquaruçu, que fica a aproximadamente uma hora de Palmas e onde há diversas cachoeiras. Fica até difícil escolher quais visitar, tamanha é a quantidade delas. Por fim, acabamos optando pelas seguintes: Cachoeira Taquaruçu, Escorrega Macaco/ Roncadora e Cachoeira do Evilson

Todas ficam em propriedades particulares, então, a entrada é paga (em média, de R$15,00 a R$20,00 por pessoa).

Cachoeira Taquaruçu
Taquaruçu
Vista aérea da Cachoeira Taquaruçu
Taquaruçu
Cachoeira Taquaruçu
Taquaruçu
Cachoeira Taquaruçu
Escorrega Macaco e Roncadora

A Cachoeira da Roncadora, assim como a Cachoeira do Escorrega Macaco ficam na mesma propriedade. A partir da portaria, apanha-se uma trilha na mata, de aproximadamente meia hora. Primeiramente, passa-se pela cachoeira do Escorrega Macaco (o banho é proibido). Logo depois, chega-se ao ponto final da trilha, onde está a majestosa cachoeira da Roncadora. É possível fazer rapel ali, porém, paga-se por isso um valor adicional.

Escorrega Macaco
Cachoeira Roncadora
Roncadora
Cachoeira Roncadora
Roncadora
Cachoeira Roncadora
Cachoeira da Roncadora
Evilson

Por fim, formos à cachoeira do Evilson, muito boa para banho, e onde almoçamos um delicioso prato feito, com um peixe típico da região.

Cachoeira do Evilson
Cachoeira do Evilson

À noite, jantamos uma pizza no restaurante Mercatto, na interessante Quadra 204 Sul, que tem diversos restaurantes..

Jalapão
Primeiro dia

No dia seguinte, conforme agendado de antemão, o veículo da W.G. Expedições veio nos buscar no hotel, para darmos início ao nosso roteiro de turismo no Jalapão. Partimos, então, em direção ao Parque Estadual do Jalapão. A viagem é bastante longa, sobretudo a partir do trecho de terra.

Parque Estadual do Jalapão
Nosso veículo

Em primeiro lugar, paramos na Lagoa do Japonês, no distrito de Pindorama. A lagoa é boa para banho, mas peixinhos ficam constantemente nos mordiscando. A parte mais bonita da lagoa é o poção azul, acessível a nado ou, ainda, por um barquinho que fica ali, disponível aos turistas.

Lagoa do Japones
Lagoa do Japonês

Seguimos, então, para a curiosa Pedra Furada, de onde assistimos a um belíssimo pôr do sol.

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Pedra Furada
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Pedra Furada
Jalapao Pedra Furada
Pôr do sol na Pedra Furada

Dormimos no distrito de Ponte Alta do Tocantins, em uma pousada que tinha bar, piscina e jacuzzi, e portanto, muito animada, chamada Águas do Jalapão.

Segundo dia

Logo cedo, visitamos, primeiramente, o místico Cânion Sussuapara, que parece um cenário de filme de fadas e duendes. Pequenos veios d’água brotam das paredes dos cânions, que, assim, formam um vale. Além disso, ao fundo do cânion, há uma pequena lagoa.

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Cânion Sussuapara
Jalapao Canion
Cânion Sussuapara

Seguimos, então, para a caudalosa Cachoeira da Velha, que deságua no Rio Novo, que é um dos únicos rios no mundo com água totalmente potável.

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Cachoeira da Velha
Jalapao Cacheira da Velha
Cachoeira da Velha

Ali é possível fazer rafting, por um valor adicional de R$200,00. Recomendo fortemente acrescentar o rafting ao roteiro de turismo no Jalapão, pois, além de muito divertido, proporciona uma experiência única, ou seja, a de entrar debaixo das águas da cachoeira. Saímos de lá com as energias totalmente renovadas!

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Rafting – turismo no Jalapão

Ficamos algum tempo nadando na deliciosa Praia do Rio Novo, enquanto nos bronzeávamos.

Jalapao
Praia do Rio Novo

Na hora do almoço, fizemos um piquenique em um imóvel que foi anteriormente da propriedade do famoso traficante Pablo Escobar e que hoje, após ter sido desapropriado, funciona como ponto de apoio a turistas.

Pegamos a estrada, então, em direção ao último ponto do dia, passando, antes, pela Serra do Espírito Santo:

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Serra do Espírito Santo
Jalapao
Serra do Espírito Santo

Chegamos, finalmente, às Dunas Douradas do Jalapão, de rara beleza, a partir de onde assistimos a um pôr do sol muito especial. Ao contrário das dunas do Nordeste ou de Florianópolis, as areias destas dunas não são claras, mas têm um tom alaranjado.

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Dunas do Jalapão
Jalapao dunas
Dunas do Jalapão
Jalapao dunas
Areia alaranjada das dunas
Jalapao dunas
Dunas do Jalapão
Jalapao dunas
Dunas do Jalapão
Jalapao dunas
Serra do Espírito Santo, ao fundo
Jalapao dunas
Turismo no Jalapão

Por fim, seguimos ao distrito de Mateiros, local onde passamos a noite, na Pousada Santa Helena.

Terceiro dia

Acordamos às 3h30 da manhã, juntamente com nosso guia, para fazer uma trilha na Serra do Espírito Santo e assistir ao nascer do sol. Essa trilha é opcional e normalmente é cobrada à parte (cerca de R$120,00 por pessoa), mas, definitivamente, vale a pena. Assistir ao nascer do sol naquele lugar tão especial é uma experiência inesquecível. A subida leva em torno de uma hora e a volta, por outro lado, leva meia hora.

Amanhecer na Serra do Espírito Santo

Igualmente pela manhã, passamos a visitar os fervedouros, ponto alto do Jalapão.

Além de terem uma beleza singular, com cores que variam de azul turquesa a verde, eles apresentam um fenômeno interessante: é impossível afundar dentro deles. Isso porque eles estão localizados sobre nascentes e delas são separados por rochas porosas: como resultado, a água atravessa a pedra e “empurra” os objetos para a superfície.

Os fervedouros estão localizados em propriedades particulares e há, portanto, um tempo limitado para visitação e banho – entre 15 e 30 minutos. Há, ainda, limitação ao número de pessoas (lotação máxima entre 4 e 10 pessoas). Durante a alta temporada, formam-se longas filas para banho, então, o ideal é ir na baixa temporada.

 Em primeiro lugar, visitamos o inesquecível Fervedouro do Buriti:

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Vista aérea do Fervedouro do Buriti
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Fervedouro do Buriti
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Fervedouro do Buriti

Seguimos, então, para o Encontro das Águas e respectivo fervedouro. Ali, dois rios se encontram, sendo um de águas verdes e cristalinas e o outro, em contrapartida, mais escuro. Na mesma propriedade, há um fervedouro que igualmente leva o mesmo nome e que tem a água incrivelmente transparente.

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Fervedouro Encontro das Águas
Encontro das aguas
Encontro das Águas

Passamos o final da tarde na Cachoeira do Formiga, de lindas águas azuis, tal qual uma piscina.

Cachoeira do Formiga
Cachoeira do Formiga
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Cachoeira do Formiga
Quarto dia

Passamos este dia alternando entre o calor escaldante das estradas poeirentas e o frescor dos fervedouros.

Primeiramente, visitamos os Fervedouros Ceiça, seguindo para o Buritizinho, Macaúbas e, por fim, o fervedouro de Bela Vista.

Fervedouro do Ceiça: foi o primeiro fervedouro aberto ao público.

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Fervedouro do Ceiça
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Ceiça

Buritizinho: é o fervedouro que tem a água mais azul, ao passo que é o único que tem pedras no fundo.

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Fervedouro do Buritizinho
Jalapao Fervedouro Buritizinho
Fervedouro do Buritizinho

Macaúbas: foi recentemente aberto ao público e, dessa forma, só estávamos nós dois lá!

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Fervedouro Macaúbas
Jalapao Fervedouro Macaubas
Fervedouro Macaúbas
Jalapao Fervedouro Macaubas
Macaúbas
Jalapao Fervedouro Macaubas
Fervedouro Macaúbas

Bela Vista: esse fervedouro fica em uma propriedade que tem restaurante e pousada, sendo, portanto, o que mais tem infraestrutura.

Jalapao Fervedouro Bela Vista
Fervedouro Bela Vista
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Fervedouro Bela Vista
Jalapao Fervedouro Bela Vista
Vista aérea – Fervedouro Bela Vista
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Vista aérea – Fervedouro Bela Vista

Dormimos em São Félix do Tocantins, na pousada Bela Vista, que fica a poucos metros do Fervedouro Bela Vista, o que nos permitiu, dessa forma, passar mais tempo desfrutando-o. À noite, os hóspedes se reuniram em uma roda para cantar, tocar violão e tomar cerveja. Foi, portanto, uma noite muito especial!

Jalapao Fervedouro Bela Vista
Fervedouro Bela Vista
Jalapao Fervedouro Bela Vista
Fervedouro Bela Vista
Último dia

Em nosso último dia, visitamos, finalmente, o Fervedouro do Alecrim, de águas esverdeadas, a Serra da Catedral e o Morro do Gorgulho.

Fervedouro do Alecrim
Fervedouro do Alecrim

A Serra da Catedral pode ser avistada de longe (e foi o que fizemos) ou percorrida a pé (o que requer algumas horas a mais).

Catedral
Serra da Catedral 
Catedral
Serra da Catedral
Morro do Gorgulho
Morro do Gorgulho

Retornamos para Palmas e o nosso guia nos deixou, por fim, no hotel.

À noite, fomos jantar e tomar uma cerveja no Soho Food Park, na Quadra 104 Sul, um lugar muito gostoso e com várias opções de comidinhas, sorvetes e açaí.

Palmas
Palmas – Soho Food Park

No dia seguinte, voamos de volta para São Paulo, muito felizes com essas férias curtas, porém, deliciosas!

Por fim, não deixe de conferir nossas postagens sobre outros destinos nacionais: Fernando de NoronhaAlter do Chão-PAMaranhãoChapada dos VeadeirosCapitólio-MGUrubici-SCVale dos Vinhedos-RSChapada dos Guimarães-MTPantanal-MTNobres-MTAmazônia-AMBonito-MSIlhabela-SP, Florianópolis, Campos do Jordão-SP e Chapada Diamantina.


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9 comentários em “Jalapão”

  1. Parabéns por nós relatar o passo a passo dessa viagem maravilhosa. O que parecia tão difícil ficou mais fácil. Tenho certeza que ajudou muita gente. Até eu fiquei com vontade de ir conhecer esse lugar mágico.
    Obrigada

  2. Alexandra, quero te agradecer por dividir as suas vivencias de uma forma tão carinhosa, recheada de detalhes importantes para que possamos nos inspirar e desfrutar com mais segurança das maravilhas desse mundão. Esse foi o primeiro, de muitos, com certeza, passeio que vc nos ajudou! Palmas e Jalapão foi um destino emocionante, com muita riqueza natural e humana. Quero deixar registrado a agencia WG, que vc indicou, foi perfeita com seu guia atencioso, leve e companheiro Vinicius. Enfim, gratidão.

    1. alexandramorcos

      Querida Tatiana, que bom que vocês curtiram esse passeio! Fico muito feliz em ter ajudado de alguma forma! Grande abraço!

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