Ruínas de Tiwanaku
Um dos pontos turísticos mais visitados da Bolívia, as misteriosas Ruínas de Tiwanaku situam-se nos arredores de La Paz.
Tiwanaku, que significa “pedra do centro”, foi um império comparável ao dos Incas, tendo perdurado de 1.500 a.C. a 1.180 d.C.
Por outro lado, somente em 1.432 os Incas chegaram ao local e encontraram apenas ruínas da civilização já extinta.
Origem do povoado
Existem diversas teorias sobre o surgimento e desaparecimento deste povoado.
Sua população era composta por indígenas “colas” e “aimarás”, que falavam o dialeto “aimará”, ainda usado na região.
Há uma lenda indígena que atribui a construção do povoado a uma raça de gigantes, talvez porque a altura média da população dali era de 2 metros.
Outros afirmam que a civilização era a lendária Atlântida.
Existe, ainda, uma crença de que população foi dizimada porque não acataram a profecia do deus sol, que os aniquilou com seus raios.
O que se tem certeza, no entanto, é que lá surgiram e se extinguiram cinco cidades, em diferentes períodos.
Além disso, ela foi destruída e saqueada muitas vezes e suas pedras foram extraídas e utilizadas na construção de novos edifícios.
O que dificulta a investigação sobre essa civilização, porém, é a falta de documentação escrita.
Mais um mistério que paira sobre o extinto povoado reside em como as pedras foram transportadas para o local, já que não havia pedreiras nas imediações e a mais próxima ficava a 95 km dali.
Pirâmide e templo semi-subterrâneo
Em regra, inicia-se a visita ao complexo das ruínas de Tiwanaku pela Pirâmide.
Trata-se de um lugar sagrado, onde se celebravam rituais.
Já no Templo Semi-subterrâneo, há paredes contendo pedras entalhadas em formato de cabeças, representando diferentes povos que os Tiwanaku tiveram contato (conhecidos ou dominados).
Curiosamente, há até mesmo uma cabeça de um extraterrestre!
Por outro lado, alguns estudiosos entendem que as cabeças de pedra evocavam o culto sanguinário de sacrifícios humanos, tese corroborada, ainda, pelos vasos rituais em forma de crânio ali encontrados.
No centro do Templo, há um monolito em granito vermelho, representando o deus Viracocha.
Acreditava-se que Viracocha foi o deus que criou o mundo dos Andes e que ele teria surgido em Tiwanaku, após uma inundação de 60 noites.
Kalasasaya
Ao lado da pirâmide, situa-se o Templo Kalasasaya, que conta com muros externos de granito e muros internos de basalto.
Não há massa ligando as rochas, mas sim um perfeito encaixe entre elas.
Esse templo abriga a famosa Porta do Sol, bem como os monólitos “o Frade” e “o Governante”.
A Porta do Sol constitui-se de uma só peça, embora tenha sido partida ao meio por um raio, e contém entalhes de deuses. Anteriormente, era toda coberta por ouro.
Ela servia como calendário, bem como para se constatar o equinócio e o solstício. No réveillon do povo Tiwanaku, que é em 21 de junho, o Sol nasce ao meio da porta.
“O Frade” é um monolito que representa um religioso e um governante (que se mesclavam na mesma pessoa). Suas calças contêm baixo relevos em forma de círculos, em um total de 364, representando os dias do ano.
Museus do complexo
No complexo arqueológico se situam, ainda, o cemitério – Putuni -, bem como dois museus.
O primeiro deles abriga crânios de membros da realeza, propositadamente alongados para trás.
Já o segundo abriga um monolito de 7,5 m e 20 ton., representando um governante/religioso de nome Intiapu.
Por fim, não deixe de conferir nosso ROTEIRO COMPLETO PELA BOLÍVIA E PERU, bem como nosso post sobre La Paz.
