Confira essas dicas sobre o que fazer em Moscou, capital da Rússia.
Nós havíamos decidido fazer uma viagem de carro pela Europa, saindo da França e chegando até a Rússia, passando pela Bélgica, Alemanha, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia.
Porém, o real objetivo da viagem era conhecer a RÚSSIA.
E, de todos os países que visitamos, a Rússia foi, sem dúvida alguma, o mais surpreendente.
É algo diferente de qualquer coisa que jamais havíamos visto.
Nós começamos a explorar o país por São Petersburgo e, em seguida, apanhamos um voo até Moscou.
O que fazer em Moscou?
Em nosso primeiro dia em Moscou, apanhamos um ônibus tipo Hop On Hop Off, para ter uma visão geral da cidade.
Passamos por colossais edifícios, alguns com a foice e o martelo estampados em sua fachada.
Estruturas que certamente chamam a atenção são as denominadas “As Sete Irmãs”, arranha-céus, em típica arquitetura soviética stalinista (estilo barroco e gótico russo), construídos entre 1947 e 1953.
Há sete deles em Moscou, sendo que avistamos a maioria: Hotel Ukraina, Kotelnicheskaya Embankment Apartments, Kudrinskaya Square, Hilton Moscow Leningradskaya Hotel, Ministério das Relações Exteriores, Universidade Estadual de Moscou e o Edifício Administrativo Red Gates.
Fomos margeando o rio Moscou e passamos, ainda, pelo Gorky Park, que estava coberto de neve.
Chegamos até uma parte da cidade mais elevada, que proporcionava uma vista panorâmica. Na volta, o ônibus parou na famosa Rua Arbat, reduto da boemia no Séc. XVIII, hoje uma rua de pedestres que ostenta lojas e restaurantes.
Descemos do ônibus e caminhamos, então, até a Praça Vermelha, onde se situa o Kremlin.
Praça Vermelha
A Praça Vermelha é o coração de Moscou.
O primeiro edifício que avistamos ali foi o State History Museum, um intrincado prédio, em tons avermelhados, que representa o estilo arquitetônico russo “revivalista”.
Antigamente, esse edifício tinha uma cor acinzentada, porém, após a Revolução Russa, pintaram-no de vermelho.
Caminhando um pouco mais, cruzamos um portal e chegamos ao centro da praça. Ali estava acontecendo a feira anual de Natal, com um rinque de patinação no gelo.
Na região central da praça, situa-se o Mausoléu do Lenin, um edifício austero e retilíneo, que difere das demais construções dos arredores. É possível visitar o interior do mausoléu e avistar o corpo embalsamado do antigo líder.
No final da praça, avistamos o cartão postal de Moscou, ou seja, a Catedral de São Basílio (e que muitos pensam que é o Kremlin), com suas diversas cúpulas coloridas e irregulares, no mais puro estilo ortodoxo russo.
Datada de 1555/1561, sua construção foi determinada pelo czar Ivan o Terrível, para celebrar a captura da cidade de Kazan.
Margeando toda a praça, vemos as muralhas terracota que cercam o Kremlin por completo.
Kremlin
Nós entramos no Kremlin pela Torre da Santa Trindade, mas é necessário adquirir um ingresso previamente, na bilheteria, que fica um pouco afastada.
O Kremlin é a atual sede do Governo Federal Russo, ao passo que já foi centro da Igreja Ortodoxa Russa.
No interior das muralhas, a primeira coisa que avistamos foi a Sala de Concertos (Concert Hall) e o Arsenal (Armour). Mais à frente, passamos pelo Canhão do Czar, um canhão ricamente decorado, que foi disparado apenas uma vez. Reza a lenda que ao invés de ser disparada uma bala, foi disparado um humano, colocado em seu interior. Esse humano teria sido um falso herdeiro de Ivan o Terrível.
Passamos, também, pelo Campanário do Ivan o Terrível, cujo sino original rompeu-se mesmo antes de ser pendurado e permanece exposto no solo.
Visitamos, então, as demais igrejas ortodoxas que repousam no interior das muralhas do Kremlin, ou seja, na Praça Sobornaya, sendo elas:
- Catedral da Assunção, que é a principal delas, datada de 1474/1479 e cujo interior é ricamente ornamentado com mosaicos, afrescos e iconografia;
- Catedral da Deposição, datada de 1484/1486;
- Catedral do Arcanjo, de 1508, onde ocorriam as coroações e casamentos dos governantes e onde estão enterrados diversos czares e czarinas;
- Catedral da Anunciação, de 1489, também decorada com ícones e afrescos.
Ainda no interior do complexo, passamos pelo Palácio do Kremlin, que sedia o governo da Rússia e vimos até mesmo o carro oficial do Presidente Vladimir Putin.
Outras atrações
Quando deixamos o complexo, passamos por uma praça com uma enorme estátua do Duque Vladimir, que trouxe a religião cristã ortodoxa à Rússia.
Seguimos, então, para a Igreja Christ the Saviour, uma enorme basílica, ornamentada com pisos e colunas de mármore rosa, painéis, mosaicos e pinturas, onde acendemos uma vela em agradecimento pela viagem.
A versão desta catedral que vemos atualmente data de 1994, sendo ela uma réplica da igreja original, que repousava no mesmo local, mas que foi destruída pelos Soviéticos. Eles a destruíram porque iam construir um enorme palácio soviético em seu lugar. Ele chamaria “Palácio dos Sovietes” e seria no típico estilo stalinista, como os edifícios “As Sete Irmãs”. Além disso, ele seria coroado por uma enorme estátua de Lenin e se destinava a ser o maior edifício da Europa. O projeto foi, porém, abandonado, por causa da invasão alemã em 1941.
Por fim, visitamos o famoso Teatro Bolshoi.
Jantamos em um restaurante tipicamente russo, comida regional (pelmeni, pirozhki, vareniki, salada Olivier), ao som de cantigas tradicionais.
Confira, ainda, nossa viagem completa pela Rússia, bem como nosso post sobre São Petersburgo.
Por fim, não deixe de ver os posts sobre a Alemanha, Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia e Rússia.