Confira esse post sobre o que fazer no Deserto do Atacama, no Chile.
O que fazer no Atacama?
O Deserto do Atacama é uma das regiões mais exóticas do mundo, em termos de belezas naturais.
É um lugar repleto de magia e que emana muitas vibrações boas.
Sendo o deserto mais árido do planeta, ele sedia o 3º maior salar do mundo, que fica atrás apenas do Salar de Uyuni, na Bolívia, e das Salinas Grandes, na Argentina.
Ao lado de suas atrações naturais, a pequena vila de San Pedro de Atacama igualmente encanta o viajante, com suas ruelas de terra, suas construções típicas e sua cultura andina contagiante.
Dicas gerais para visitar o Deserto do Atacama.
Quanto tempo ficar no Atacama? Eu recomendo ao menos 5 dias inteiros, para visitar as principais atrações, mas, quanto mais tempo, melhor será a experiência.
Como ir? É necessário apanhar um avião para Calama, no Chile (com conexão em Santiago) e, em seguida, apanhar um transporte terrestre para San Pedro de Atacama (há algumas agências de traslado no aeroporto). A viagem de carro leva aproximadamente uma hora.
Quais os documentos necessários para a viagem? Passaporte ou RG.
Precisa de visto? Não.
Qual o melhor lugar para ficar em San Pedro de Atacama? A melhor região para se hospedar é na Rua Caracoles ou em suas imediações.
Qual a melhor época para ir? A melhor época para visitar o Atacama é durante a temporada de seca, ou seja, de abril a outubro.
Onde comer em San Pedro de Atacama? Há vários restaurantes, sendo que a maioria oferece opções para quem possui restrições alimentares, como por exemplo intolerantes à lactose, celíacos, veganos e vegetarianos. Alguns restaurantes de San Pedro são Adobe, Rincón de Sal, Empório Andino, La Picada del Indio, Água Loca, Salón de Té, La Franchuteria, Pizzaria El Charrua, Restaurante del Inca, entre outros.
Qual agência contratar para os passeios? Há várias agências que fazem passeios na região do Atacama. Nós contratamos a Araya, que é direcionada ao público brasileiro. Se tiver interesse, me mande mensagem!
É importante contratar com antecedência os passeios, pois eles costumam lotar, principalmente o tour astronômico. Além disso, este último tem restrições de datas, pois depende do ciclo astronômico.
Confira, a seguir, o que fizemos no Atacama:
Dia 1 – Chegada
Essa foi a noite de nossa chegada, então, apenas jantamos no restaurante de nosso hotel, Don Raul, chamado Água Loca. Em seguida, demos uma volta no centrinho, mais precisamente, na Rua Caracoles, onde se concentra a maioria das lojinhas, restaurantes e bares.
Dia 2 – Vale da Lua & Lagoas Cejar e Tebinquiche (passeio de um dia inteiro)
Vale da Lua
Logo pela manhã, a van de nossa agência nos apanhou no hotel.
Nosso primeiro ponto de parada foi o Vale da Lua. Ali, fizemos uma curta caminhada até o Mirante 2. O Vale da Lua tem esse nome porque, segundo o padre jesuíta e arqueólogo Gustavo Le Paige, a região lembra o solo lunar.
A todo momento do passeio, podíamos avistar o imponente vulcão Licancabur embelezando ainda mais a paisagem, com seu pico nevado. Vale dizer que, para além desse vulcão, já é solo boliviano.
O próximo ponto de parada foram as Três Marias, que são três formações rochosas. O povo Licanantai, que habitava a região há 12.000 anos atrás, acreditava que elas eram protetoras de sua gente.
Vale dizer que os Licanantais viviam na região há 12.000 anos atrás, sendo posteriormente substituídos pelo povo Tiwanaku (provenientes da Bolívia), por volta do ano 500 a.C., e finalmente pelos Incas, por volta do ano 800 a.C.
Paramos, ainda, nas Minas Victoria, onde, em silêncio, podemos ouvir as pedras “falarem”, ou seja, estalarem.
Para encerrar a manhã, paramos no Mirante Ckari, para apreciar a paisagem desértica e seus matizes.
Fizemos uma parada para almoço, ao ar livre e com a vista para o vulcão Licancabur.
Além disso, a refeição foi regada a muito vinho!
Lagoas Cejar e Tebinquiche
Pela tarde, visitamos algumas lagoas.
A primeira delas foi a Lagoa Cejar. Contígua a ela, está a Lagoa Piedra, onde é possível se banhar nas águas salobras e flutuar com facilidade.
Seguimos, então para os Ojos del Salar, duas dolinas, repletas de água.
Por fim, visitamos a fotogênica Lagoa Tebenquiche.
Nesta noite, jantamos uma pizza, com cerveja, no restaurante/bar RedStones.
Dia 3 – Lagoas Altiplânicas & Pedras Vermelhas (passeio de um dia inteiro)
Logo cedo, a van da agência nos apanhou no hotel e nos levou até o povoado de Socaire, onde tomamos café da manhã.
Seguimos, então, para as Lagoas Altiplânicas, compostas pela Lagoa Miscante e Lagoa Miñiques.
No caminho até a próxima atração, paramos em um ponto da estrada bastante fotogênico.
Por fim, chegamos na atração mais bela do passeio, que são as Pedras Vermelhas (Piedras Rojas).
Ali, uma lagoa com várias nuances de azul claro é emoldurada por pedras avermelhadas, provenientes de atividades vulcânicas na região.
No caminho para o almoço, paramos para tirar fotos na placa que marca a passagem do Trópico de Capricórnio.
O almoço foi muito prazeroso, com vista para o vulcão Licancabur e regado a muito vinho.
Retornamos à vila e, de noite, jantamos no restaurante Adobe, um dos melhores de San Pedro.
Dia 4 – Vale do Arco-íris (passeio da manhã) e Cordilheira do Sal & Vale de Marte (passeio da tarde)
Neste dia, o passeio foi dividido em dois.
Pela manhã, visitamos, primeiramente, Hierbas Buenas, que ostenta petróglifos de mais de 3000 anos.
Além disso, visitamos o interessante Vale do Arco-íris, com formações rochosas coloridas. Ali encontramos, ainda, uma cachoeira seca, que não é banhada por qualquer água há mais de 8 mil anos.
O passeio matutino se encerrou com um delicioso piquenique.
Já, durante a tarde, fizemos o passeio na Cordilheira do Sal e Vale de Marte.
Começamos pelo Vallecito, repleto de formações rochosas impressionantes.
Ali também se situa um ônibus encalhado, frequentemente visto nas fotos do Atacama. Ele foi abandonado em 1976, devido a uma pane elétrica, e acabou se tornando um abrigo para os trabalhadores da mina de sal, contra o sol causticante.
Seguimos, então, para o Vale de Marte, igualmente conhecido como Vale da Morte. Lá, fizemos um piquenique e assistimos a um belíssimo pôr do Sol.
Retornamos à vila e comemos uma empanada no Empório Andino.
Em seguida, partimos para o tour astronômico, um dos passeios mais icônicos do Deserto do Atacama.
O tempo seco e a altitude proporcionam uma visão bastante clara do céu. É possível avistar boa parte da Via Láctea e muitos corpos celestes. Além disso, a agência proporciona telescópios para observação, enquanto a astrônoma nos conta histórias interessantes sobre as constelações.
Dia 5 – Rota dos Salares
Em nosso último dia, apanhamos a van do passeio e fomos diretamente para a Laguna Negra, no Salar de Aguas Calientes 1, onde tomamos café da manhã, ao ar livre.
Depois de visitar aquela atração, seguimos para a Cratera La Pacana, onde se encontram os famosos Monges de la Pacana, formações rochosas decorrentes de explosões vulcânicas. Uma dessas formações lembra as feições de um índio e era tido como um protetor, pela população local.
Logo em seguida, subimos um morro para avistar a Cratera de la Pacana. Ali em cima, a velocidade do vento chegava a 32 nós e a sensação térmica era de 15 graus negativos!
Rumamos, então, para a bela Lagoa Diamante, onde avistamos algumas aves.
Por fim, passamos pelo Bofedal de Quepiaco.
Nosso almoço, dessa vez, foi no pé do vulcão Licancabur.
Após o tour, caminhamos um pouco pela vila, sobretudo pela Rua Caracoles e pela Praça principal.
Frequentemente, nas construções de adobe de San Pedro de Atacama, encontramos esse detalhe típico da arquitetura local, em formato de triângulo, que é, na realidade, uma homenagem ao vulcão Licancabur, triangular em sua forma.
Outras atrações muito populares do Deserto do Atacama são os Geiseres El Tatio e as Termas de Puritama, que acabamos não visitando, por falta de tempo.
Há, ainda, passeios de bicicleta e trekking.
Em suma, é um lugar interessantíssimo para se visitar e pode ser encaixado em um feriado prolongado.
Se você gosta de passeios por desertos, veja, ainda, nossos posts sobre o Salar de Uyuni, Norte da Argentina, Salta, Cafayate e Salinas Grandes.