O que fazer no Espírito Santo em uma semana
Confira este post com dicas sobre o que fazer no Espírito Santo, pelo período de uma semana.
O Espírito Santo era o único Estado do Sudeste que eu não conhecia, então resolvemos visitar o local em outubro de 2024.
Nós começamos nosso roteiro pelo norte do Estado, indo até a vila de Itaúnas, distrito de Conceição da Barra, quase na fronteira com a Bahia.
Dia 1
Itaúnas é uma pequena vila de pescadores, situada em um verdadeiro paraíso, ponto de convergência de vários biomas, como mata atlântica, alagado, restinga e dunas.
Essa riqueza de biomas confere ao local grande beleza natural.
A vila inteira e seus arredores situam-se dentro de uma reserva ecológica.
Rios cortam a densa mata, serpenteiam as dunas e desaguam no mar, possibilitando ao viajante experiências únicas e muito contato com a natureza.
Itaúnas é conhecida, ainda, por ser a terra do forró pé de serra e sedia um grande festival musical, em julho, o FENFIT.
As principais casas de forró são Buraco do Tatu, Bar do Forró e Café Brasil. Porém, elas costumam abrir apenas durante a temporada.
Entretanto, fora de temporada, também há forrós durante os finais de semana, como o Forró da Padaria.
Levamos 4 horas, de carro, para chegar, de Vitória, à charmosa vila de Itaúnas.
Como era final da tarde, formos diretamente às dunas, para assistir ao pôr do sol.
O visual é realmente um espetáculo da natureza.
No final da tarde, tomamos uma cerveja artesanal na Cervejaria Resenha e jantamos nossa primeira moqueca capixaba no aconchegante Restaurante Lobo do Mar.
A diferença entre a moqueca capixaba e a baiana é que a primeira não leva azeite de dendê, tampouco leite de coco.
Por fim, é claro, formos curtir um forrozinho no Forró da Padaria.
Dia 2
Ainda em Itaúnas, no segundo dia, nós percorremos diversas trilhas pelas dunas e mata que beiram a orla do mar.
Percorremos a Trilha do Tamandaré, a Trilha dos Pescadores, passando por uma vila indígena (Aldeia Jacó Pataxó) e a Trilha da Cacimba.
Além disso, caminhamos pela areia da praia de Itaúnas e, por fim, nos sentamos na Barraca do Girassol, para comer um peixe e tomar uma cerveja.
Há outras trilhas por ali, como a do Buraco do Bicho e a da Borboleta, que são um pouco mais longas (cerca de 3 km).
De tarde, apanhamos o carro e fomos até a Praia do Riacho Doce, última praia do Espírito Santo, antes de chegar na Bahia.
Esta praia conta com grande beleza natural, sendo que ali há um rio de água doce que, durante a cheia, encontra o mar.
As mesinhas do quiosque ficam dentro do riacho.
Nesta noite, retornamos à vila de Itaúnas e jantamos no elegante Xique Xique.
Dia 3
Em nosso terceiro dia, na realidade, fomos ao Sul da Bahia.
A distância é muito curta e a estrada, embora seja de terra, é boa.
Fomos primeiramente, à Praia Gesuel, que impressiona por seus mangues, rios e lagoas.
Passamos, ainda, pela Praia dos Coqueiros.
Por fim, fomos às Praia da Costa Dourada e nos sentamos na famosa Barraca do Cláudio, um quiosque, onde passamos o resto do dia.
Aliás, conhecemos o muito simpático e hospitaleiro Cláudio!
Retornamos a Itaúnas e, para o jantar, fomos ao Cizinho.
Dia 4
Em nosso último dia em Itaúnas, fomos até o Centro de Visitantes do Parque, onde há um pequeno museu. Tentamos visitar, ainda, as Ruínas da Vila antiga, a qual foi engolida pela areia das dunas nos anos 1970, No entanto, não é possível ver mais nada do que restou das edificações.
Em seguida, caminhamos pelas dunas e fomos até a praia, tomando um suco de cupuaçu na barraca Sal da Terra.
Almoçamos um farto prato feito na Dona Tereza, que oferece um preço muito justo.
Na parte da tarde, fizemos um passeio de caiaque com o Bruno (WhatsApp 27 99601-5093), o que nos proporcionou grande interação com os principais biomas do local (alagado, restinga e mata atlântica).
Remamos no Rio Itaúnas e no Rio Angelim, por cerca de uma hora e meia. Além disso, fizemos uma pequena caminhada na mata.
Por fim, jantamos no Tereza Bar, mais uma moqueca capixaba.
Dia 5
Retornando de Itaúnas, rumo a Vitória, passamos pelo Buddha gigante, o maior do Ocidente, que fica no Mosteiro Zen, em Ibiraçu. A estátua é aberta a visitação todos os dias, mas o mosteiro pode ser visitado apenas aos domingos.
Chegando em Vitória, almoçamos no delicioso El Libertador, que serve cortes argentinos.
Em seguida, visitamos o Parque da Pedra da Cebola.
Seguimos, então, para o Centro Histórico, onde visitamos a Catedral Metropolitana, o Palácio Anchieta e o Palácio Sônia Cabral, a Escadaria Maria Ortiz, a Igreja São Gonçalo e o Convento São Francisco.
O Palácio Anchieta é sede do Governo Estadual e ali há visitas guiadas. Além disso, há mostras e exposições. Em frente a ele, encontramos a Escadaria Maria Ortiz.
O centro histórico de vitória é bonito, mas está muito abandonado e mal mantido.
De noite, visitamos o Triângulo das Bermudas, o local mais boêmio de Vitória, repleto de bares e botecos.
Dia 6
Pela manhã, exploramos a parte mais moderna de Vitória, como a Orla de Camburi, a Ilha do Frade e a Ilha do Boi (Jardim da Penha e Praia do Canto).
Seguindo nosso roteiro no Espírito Santo, partida rumo à serra capixaba.
Fomos, então, até a vila de Pedra Azul e percorremos a Rota do Lagarto, um badalado polo gastronômico.
A Rota do Lagarto é a mais famosa da região, mas há outras, conforme a imagem abaixo.
A do Lagarto começa na Pousada Peterle, passa pela Pousada Pedra Azul, onde se situa o Lago Negro, pela recepção do Parque da Pedra Azul e também por diversos restaurantes, cafés e bares.
Nós almoçamos no delicioso Tuia Gastronomia e Arte.
Além disso, de tarde, fomos à Cervejaria Barba Negra/SOS Garden, onde tomamos uma cerveja artesanal.
Por fim, tomamos um café no Contos do Ninho, na Rota do Carmo.
Seu café artesanal ganhou em 2022 o prêmio de terceiro melhor café do Brasil.
Dia 7
Esse foi um dos dias que mais gostamos em nosso roteiro no Espírito Santo. Nós fomos até o Parque Estadual da Pedra Azul e lá fizemos a trilha até a Pedra Azul/Pedra do Lagarto e piscinas naturais (3 km totais).
A entrada é gratuita, mas é necessário agendar sua visita com uma antecedência mínima de 5 dias, pelo site www.agenda.es.gov.br.
Nós margeamos o pé da pedra, que é azulada (ou esverdeada) em razão dos líquens que cobrem sua superfície.
A caminhada durou cerca de 2h30 e a parte mais desafiadora foi o paredão íngreme de acesso às piscinas naturais:
Porém, depois nos refrescamos nas piscinas naturais, o que fez tudo valer a pena.
Deixamos as imediações do parque e, em seguida, retornamos à Cervejaria Barba Negra, onde tomamos mais uma cerveja.
Já, para o almoço, fomos no Don Due, seguido de mais um café no Contos do Ninho.
À noite, jantamos na pizzaria Vallino, muito boa.
Dia 8
Logo que acordamos, apanhamos o carro e paramos para colher morangos, uma atividade de agroturismo muito comum na região de Pedra Azul.
Em seguida, apanhamos a estrada rumo a Vila Velha.
Vila Velha, ao sul de Vitória, foi a primeira cidade capixaba a ser colonizada.
Primeiramente, visitamos o Convento da Penha, erigido no Séc. XVI, que é um destino de peregrinações.
A subida pode ser feita a pé (gratuita) e leva cerca de 30 minutos. Pode ser feita, ainda, de bonde ou de van (preços que variam entre R$6,00 e R$10,00).
Como o lugar é alto, a vista a partir de lá é espetacular.
Ainda em Vila Velha, passamos pelo Morro do Moreno, pela praia da Costa e Praia da Sereia.
Visitamos, ainda, o Farol Santa Luzia, bem como a Praia Secreta, que fica ao lado do Farol.
Em seguida, fomos ao charmoso Bar Casa Guima, em Vila Velha, onde comemos uma churrascada.
Passamos o final da tarde na Praia da Costa, onde entrei no mar e, por fim, apenas passamos pela Praia de Itapuã, para conhecer.
De noite, fomos conhecer a famosa Rua da Lama, um lugar também de muita boemia. Mas os bares pareciam um pouco decadentes. Portanto, fomos até a Orla de Camburi e tomamos um drink no Barlavento Beach Bar & Lounge, na frente do nosso hotel.
E assim terminou nosso roteiro de uma semana no Espírito Santo.
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