Este post, sobre um pequeno roteiro na Alemanha, retrata mais de uma de nossas visitas ao país.
A primeira ida foi em 2012, na ocasião em que minha irmã casou-se na Itália e fizemos um roteiro na Europa, passando igualmente pela Áustria, Grécia, Turquia e Leste Europeu.
A segunda, por outro lado, foi em 2024, quando fomos da França até a Rússia.
Como queríamos facilidade e autonomia em nossas “Eurotrips”, fizemos leasing de um carro na França, direto da montadora Citroën, cujo preço da diária saía mais em conta do que alugar um veículo nas locadoras convencionais.
Veja, a seguir, alguns pontos turísticos que visitamos em nosso roteiro na Alemanha.
Colônia
Colônia (em alemão, Köln) é uma das cidades mais visitadas da Alemanha.
Suas principais atrações são a Catedral de Colônia, a ponte, a região do Fish Market, bem como a Igreja St. Martin.
A história da Catedral de Colônia é muito interessante.
Datada do século XII, ela levou quase 600 anos para ser finalizada e, durante determinada época, chegou a ser a maior construção existente na Europa, com 154 metros de altura. No local onde atualmente está a igreja, havia um templo romano. No início do Século XII, um imperador alemão saqueou a ossada dos três reis magos em Milão e trouxe os despojos para este local. Por esta razão, ela se tornou um destino de peregrinação.
Durante a 2ª Guerra Mundial a Catedral de Colônia foi bombardeada por 14 vezes e, mesmo assim, não desabou.
A região que margeia o rio chama-se Fish Market. Ao lado, podemos avistar a Igreja St. Martin.
Castelo de Cochem
Um dos pontos altos de um roteiro na Alemanha é visitar seus castelos.
Cercados por uma mata exuberante, por rios e por pitorescas vilas, eles nos remetem a verdadeiros contos de fadas.
A charmosa vila de Cochem fica a cerca de uma hora de Bonn e é coroada por um castelo, que leva o mesmo nome.
O castelo oferece, ainda, uma bela vista panorâmica da vila.
Castelo de Eltz
O Castelo de Eltz é uma verdadeira joia no meio da mata. Você se sente dentro de um livro de histórias sobre cavaleiros medievais!
Uma das formas de se chegar até ele é apanhando uma pequena trilha na mata, o que confere um charme ainda maior ao passeio.
Castelo de Braunfels
O Castelo de Braunfels domina o horizonte de uma cidadezinha que leva o mesmo nome.
Datado do Século XIII, o castelo serviu como residência de príncipes. Sua arquitetura neogótica misturada com romântica tornou-o até mesmo cenário de filmes.
Heidelberg
A charmosa cidade de Heidelberg tem um diferencial especial: ela não foi atingida pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, sendo, portanto, bastante preservada.
Ela se estende ao longo do rio Neckar, um afluente do rio Reno, e conta com várias vielas, repletas de bares, restaurantes, bem como lojas.
O Castelo de Heidelberg coroa a cidade, a partir do topo de uma colina.
Na cidade situa-se, ainda, a Universidade de Heidelberg, a mais antiga do país (fundada em 1386).
Fussen
A vila de Fussen é o ponto de partida para conhecer os castelos do complexo Konigsschlossels (Castelos dos Reis), que inclui os Castelos de Neuschwanstein e de Honenschwangau. Porém, Fussen, por si só, já é uma bela atração turística.
Em Fussen, é possível fazer o passeio romântico do Rei Ludovico. Trata-se de uma pequena estradinha, que beira o lago Forgessee. O lago, por outro lado, pode estar seco ou cheio, a depender da época do ano. Normalmente, ele fica cheio nos períodos de degelo.
No centrinho de Fussen, vale a pena jantar em restaurante típico da região da Bavária. Nós comemos uma comida bem regional, ou seja, kassler, joelho de porco, chucrute e dumpling.
Konigsschlossel
O complexo Konigsschlossel inclui os Castelos de Honenschwangau e Neuschwanstein.
É um ponto que definitivamente não pode faltar em um roteiro na Alemanha.
Recomendo fazer um tour guiado em ambos os castelos.
Honenschwangau
O Hohenschwangau foi construído por Maximiliano II, rei da Alemanha. Além disso, nesse castelo, Richard Wagner fazia apresentações. Seu exterior é amarelado e seu interior é ricamente decorado.
Neuschwanstein
Já o Castelo de Neuschwanstein foi construído em 1868, por Ludovico II (filho de Maximiliano II), inspirado na obra de Richard Wagner.
O estilo arquitetônico desse castelo influenciou a construção do “Castelo da Bela Adormecida”, símbolo dos estúdios da Disney.
Na realidade, Ludovico II mal chegou a morar no castelo, ali permanecendo por apenas 170 dias. Em 1886, enquanto estava no castelo, ele foi declarado insano e aprisionado ali mesmo. Posteriormente, foi levado para Berg e foi encontrado morto, afogado em águas superficiais do Lago Starnberger.
Breves relatos históricos sobre o castelo
O Neuschwanstein foi desenhado por Christian Jank, um desenhista de cenários teatrais. O nome Neuschwanstein significa “o Castelo do Cavaleiro Cisne”. Vale lembrar que Ludovico II era também conhecido como o “Rei cisne”, pois era amante das artes e música, estimulando sua produção (fonte: Wikipédia).
O castelo igualmente inclui o Hall dos Cantores e uma sala feita para parecer uma caverna (caverna de Vênus), para lembrar o cenário da ópera “Lohengrin”, de Wagner. O Rei, porém, morreu antes de assistir a uma apresentação ali. Por outro lado, até hoje ocorrem festivais de música naquele salão.
Vale a pena, ainda, caminhar até a ponte de Maria da Prússia, que fica sobre um desfiladeiro, de onde se tem uma belíssima vista.
Eisenach
A vila de Eisenach é a cidade natal do compositor Johann Sebastian Bach, sendo, portanto, um ponto imperdível para seus apreciadores em um roteiro na Alemanha.
Ali, é possível visitar a casa em que Johann Sebastian Bach nasceu, a qual atualmente abriga um museu.
Recomendo jantar na taverna medieval da cidade, Lutherstuben, que tem decoração e música temáticas.
Dresden
Dresden é uma das cidades mais bonitas da Alemanha.
Seu coração é a praça Theaterplatz, onde fica a Semperoper (a casa de ópera mais famosa da Alemanha), a Pinacoteca dos Mestres Antigos (Zwinger – Gemaldegalerie Alte Meister) o Castelo de Dresden (Residenzschloss), entre outros edifícios históricos.
O Residenzschloss (Castelo de Dresden) ostenta o Furstenzug, um longo painel que retrata uma grande procissão de príncipes.
Ao lado do Residenzschloss, situa-se a Catedral de Dresden (Catedral da Santíssima Trindade ou Hofkirche).
Ainda no centro histórico, encontra-se a Igreja Protestante (Frauenkirsche), que foi praticamente toda destruída durante a 2ª Guerra Mundial e posteriormente reconstruída. Ainda podemos visualizar uma parte da ruína antiga, no pátio externo.
É muito agradável caminhar beirando o rio Elba, a partir de onde se pode avistar todo o centro antigo, a outra margem e a histórica Ponte Augusto.
Para mim, um dos pontos altos da visita a Dresden foi a Pinacoteca dos Mestres Antigos (Zwinger – Gemaldegalerie Alte Meister), onde se pode apreciar importantes obras de Rafael (Madona Sistina), Canaletto, Van Dyck, Tiziano, Vermeer (Moça com a Carta), Rembrandt, Rubens, Velásquez, Murilo, Lucas Cranach, bem como Jordaens.
A obra de Rafael, Madona Sistina, é muito famosa por retratar dois anjinhos, que se debruçam sobre a moldura da tela.
Encontramos neste museu, ainda, múmias egípcias.
Eberswalde
A cidade de Eberswalde não costuma entrar em um roteiro na Alemanha, porém, ela é a cidade natal dos antepassados de meu marido e ele sempre quis conhecer a terra de seus avós. Lá há uma praça principal, com uma igreja.
Berlim
A capital Berlim costuma ser o ponto alto de um roteiro na Alemanha. De fato, de todas as metrópoles europeias, talvez seja Berlim a que ostente o maior contraste entre o antigo e o moderno, entre história e tecnologia. Com um passado penoso, seu futuro é mais do que promissor.
Muro de Berlim
Na minha opinião, a atração mais interessante da cidade é o icônico Muro de Berlim. Como sabemos, ele circundava toda Berlim Ocidental, separando-a de Berlim Oriental.
Assim, a cidade de Berlim era dividida ao meio, situando-se, de um lado, a República Federal da Alemanha (RFA), que era capitalista e alinhada com os Estados Unidos, e de outro lado a República Democrática Alemã (RDA), socialista e alinhada com a União Soviética.
O muro era o maior expoente da Guerra Fria e sua queda, em 1989, simbolizou o encerramento dessa época obscura.
O muro é bastante extenso e tornou-se uma galeria a céu aberto, sendo que sua parte mais interessante é a East Side Gallery.
Alexander Platz
Outro ponto importante de Berlim é a Alexander Platz, onde fica a famosa Torre de TV, um dos cartões postais da cidade.
Também nas imediações desta praça, situa-se a Catedral de Berlim.
Ainda naquela região, encontra-se a Estátua de Marx e Engels, bem como a Igreja St. Nicolas.
Portão do Brandemburgo e imediações
Em Berlim, não podemos deixar de mencionar o famoso Portão de Brandemburgo e o Parlamento Alemão.
Não muito distante do Portão de Brandemburgo, situa-se o Monumento do Holocausto, ao ar livre.
Ilha dos Museus
A Ilha dos Museus é uma das regiões mais charmosas de Berlim e é onde se situam o Fórum Humboldt, o Neues Museum, a Alte Nationalgalerie, entre outros museus importantes.
No Fórum Humboldt, igualmente conhecido como Palácio de Berlim, funciona um grande museu.
Já a Alte Nationalgalerie abriga exposições temporárias de arte moderna.
Por sua vez, o Neues Museum expõe principalmente artefatos do Egito antigo, sendo o busto de Nefertiti uma das peças mais importantes de seu acervo.
Por fim, vale mencionar a Coluna da Vitória (Siegessaule) um dos monumentos mais importantes da Alemanha e, portanto, um dos pontos turísticos mais procurados de Berlim.
Wolkensburg
Na vila de Wolkensburg se originou a montadora Volkswagen. Apesar de não ser um ponto que eu colocaria em meu roteiro na Alemanha, meu marido ficou animadíssimo para conhecer o local.
Então, a pedido dele, fomos visitar o Autostat, que é uma espécie de museu, com uma grande área de lazer, da Volkswagen.
Ali vimos veículos antigos, bem como novos lançamentos das marcas que compõem o grupo econômico da montadora.
Castelo de Marienburg
O Castelo de Marienburg situa-se nos arredores de Hanover e parece que brotou de um livro de conto de fadas!
O castelo foi construído entre 1858 e 1867, como um presente de aniversário de Jorge V de Hanover para sua esposa Maria de Saxe-Altemburgo e funcionava como uma residência de veraneio.
Dicas adicionais:
É muito interessante o post da Sônia, do EXISTE UM LUGAR NO MUNDO, sobre um período sinistro da história da Alemanha, qual seja, o nazismo e a sede da GESTAPO, que era o braço policial da agência de espionagem KGB.
Além disso, para informações sobre como curtir a Oktoberfest, que é um evento imperdível em um roteiro na Alemanha, não deixe de conferir o site do Johnnie Lustoza, Vou no Mundo, que fala tudo o que você precisa saber sobre a Oktoberfest em Munique, dando dicas, inclusive, sobre os preparativos, segurança, comida, transporte, entre outros.
Por fim, não deixe de conferir o post da Kênia, do blog Agarre o Mundo, sobre os mais belos castelos e palácios na Alemanha.
Breves apontamentos históricos sobre a Alemanha
A região era anteriormente chamada de Germânia, desde de 100 d.C. A partir do século X, os territórios alemães formaram a parte central do Sacro Império Romano-Germânico, o qual, por sua vez, durou até 1806.
Durante o século XVI, o norte da Alemanha se tornou o centro da Reforma Protestante. O país foi unificado pela primeira vez apenas em 1871, como consequência da Guerra Franco-Prussiana.
Em 1949, depois que findou a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois estados, a Alemanha Ocidental, oficialmente “República Federal da Alemanha”, e a Alemanha Oriental, oficialmente “República Democrática Alemã”.
Por fim, a Alemanha foi reunificada em 1990 (fonte: Wikipédia).
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A Alemanha é um verdadeiro cenário cinematográfico… paisagens lindas… e essa viagem que vc fez é super inspiradora. Amei!
Que bom que você gostou Sonia! Fico muitíssimo feliz!!!
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