Confira essas dicas sobre o que fazer em São Petersburgo, na Rússia.
Nós havíamos decidido fazer uma viagem de carro pela Europa, saindo da França e chegando até a Rússia, passando pela Bélgica, Alemanha, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia.
Porém, o real objetivo da viagem era conhecer a RÚSSIA.
E, de todos os países que visitamos, a Rússia foi sem dúvida alguma o mais surpreendente.
É algo diferente de qualquer coisa que jamais havíamos visto.
Nós cruzamos a fronteira pela Estônia (Narva) e atravessamos, a pé, a ponte que liga os dois países, chegando em Ivangrado, já na Rússia.
Depois de entrar na Rússia, nosso guia e amigo Sergei, com quem havíamos combinado de antemão, nos apanhou em seu veículo.
Seguimos, então, para a majestosa São Petersburgo. Logo ao entrar no perímetro urbano, já avistamos as largas avenidas, a arquitetura agigantada de seus edifícios e o Portão de Moscou, erigido no Séc. XIX para comemorar a vitória russa na guerra Russo-Turca.
A majestosa São Petersburgo foi fundada pelo czar Pedro o Grande, em 1703. Este governante quis mudar a capital de Moscou para aquela região, por estar estrategicamente posicionada perto do mar (perto do Golfo da Finlândia).
O que fazer em São Petersburgo?
Acordamos, mas o dia somente clareou às 10h00 da manhã. O ar gelado de São Petersburgo pesava em nosso peito, ao passo que os imponentes edifícios tiravam nosso fôlego.
Apanhamos o metrô e descemos próximo à Av. Nevsky, uma larga avenida repleta de luxuosas mansões e edifícios históricos.
Catedrais
Em uma das travessas da avenida, às margens do Canal Griboiedov, encontramos a Catedral do Sangue Derramado, uma das igrejas mais belas do mundo.
Seu exterior representa o mais tradicional estilo arquitetônico ortodoxo russo.
Já seu interior é meticulosamente forrado de mosaicos, que retratam cenas e personagens bíblicos, profetas e santos. Foi uma das igrejas mais bonitas que já vi em minha vida.
A igreja leva este nome (Catedral do Sangue Derramado) porque no ano de 1881, naquele mesmo ponto, o czar Alexandre II foi vítima de um atentado fatal com uma bomba, atirada no interior de sua carruagem, sendo que seu sangue derramou-se no local onde foi posteriormente erigida a basílica.
Seu sucessor, Alexandre III, foi quem ordenou a construção da igreja, a partir do ano de 1883.
Seguimos, então, a pé, para a Catedral de Kazan, situada na Av. Nevsky.
De enormes proporções, ela lembra muito a Catedral de São Pedro, no Vaticano.
No interior da catedral, o que mais chama a atenção, é uma grande fila de pessoas que se alinham para poder beijar um ícone da Nossa Senhora de Kazan, a qual, segundo a crença, opera milagres. O ícone original data do Séc. XII, mas este que está na catedral é uma réplica feita no Séc. XVII.
Almoçamos em um restaurante de comida típica da Ásia Central e, em seguida, visitamos a Catedral St. Isaakiev (ou São Isaac).
Erigida em 1818, seu interior é ricamente decorado com mármore, afrescos, pinturas e alto relevos. Sua cúpula dourada também merece destaque.
São Petersburgo imperial
Logo depois, seguimos caminhando até a beira do extenso rio Nieva, que estava totalmente congelado.
Do outro lado do rio, repousa a Ilha Vasilievsky, onde se situam outros palácios da realeza e o farol Strelka.
Seguimos, então, para o coração de São Petersburgo, qual seja, a Palace Square (ou Sennaya Plochad), que representa todo o esplendor da cidade, de seus tempos de capital do império.
Ali se situam o Palácio de Inverno, o Hermitage, bem como outros edifícios que funcionavam como a sede do governo do czar.
No centro dessas edificações, há uma larga praça.
Hermitage
Dedicamos um dia inteiro para visitar o Museu do Hermitage, um dos maiores museus do mundo.
É praticamente impossível conhecer o museu inteiro em um só dia, pois suas instalações são enormes e seu acervo é vastíssimo.
Porém, demos o nosso melhor e conseguimos, felizmente, conhecer cerca de 90% do museu.
Nossa visita se deu, mais ou menos, na seguinte sequência:
Primeiro piso
No primeiro piso, vimos artefatos de milhares de anos encontrados no Cáucaso, na Ásia Central e na Sibéria. Vimos, ainda, uma múmia, encontrada na região de Altai, datada do Século III antes de Cristo e muitíssimo preservada.
Vimos, ainda, armas e muitas espadas.
Nesse mesmo andar fica o setor de Grécia Antiga, porém, esse não visitamos.
Segundo piso
Neste piso, que é o maior do museu, pudemos encontrar itens pessoais da nobreza russa, inclusive joias e roupas. Ali também está exposto um relógio da Fabergé, que pertencia à família real.
Seguindo, nos deparamos com um corredor, forrado de retratos de czares e czarinas.
No mesmo piso, há salões bem decorados, que lembram o Palácio de Versalhes. Há ainda um salão inteiramente dedicado a Pedro o Grande, com seus itens pessoais e retratos. Passamos, também, pela vasta biblioteca do Nicolau II.
Ainda no segundo piso, encontra-se o Setor de Arte Francesa, com obras de, por exemplo, Tournier.
Também lá, situa-se o setor de prataria e a impressionante Grande Igreja do Palácio de Inverno (sim, os czares construíram uma igreja dentro da própria residência real!).
Continuando, passamos pelo setor de Arte flamenga, com obras de Rubens (meu favorito), Bosch e Jordaens, pelo setor italiano, com obras dos Mestres Antigos, Da Vinci, Veronese, Tiziano, Fra Angélico, Caravaggio e Canaletto, e por um setor só de Rembrandt. Vimos também um pouco de Arte Medieval.
Terceiro piso
Por fim, no terceiro e menor piso vimos artefatos do Irã antigo, como pinturas, retratos, cerâmica e resquícios de construções.
No mesmo setor, havia artefatos vindos da Turquia, Síria, Mongólia, China, Índia, Butão, Tibet, Japão (em relação a este último havia armaduras de samurai e gravuras do artista Kunisada).
Teatro Mariinski
Pela noite, fomos assistir ao espetáculo de Natal “O Quebra Nozes”, no grande Teatro Mariinski, mesmo local de sua primeira estreia, quando acabara de ser composto por Tchaikovsky. Foi emocionante!
Segundo dizem, o Teatro Mariinski tem a acústica melhor que a do Teatro Bolshoi, por isso elegemos ele.
Depois de conhecer São Petersburgo, apanhamos um voo para Moscou, onde passamos alguns dias.
Confira, ainda, nossa viagem completa pela Rússia, bem como nosso post sobre Moscou.
Por fim, não deixe de ver os posts sobre a Alemanha, Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia e Rússia.