Nova Zelândia – Ilha Norte
Confira esse post sobre as belezas da Ilha Norte da Nova Zelândia, onde vulcões matizam a paisagem e a cultura maori é onipresente.
A Nova Zelândia é dividida em duas ilhas, ou seja, a norte e a sul.
Cada uma delas conta com belezas naturais ímpares e cada qual possui a própria identidade.
Por exemplo, na Ilha Norte há belas praias, vulcões que colorem a paisagem, parques termais e diversas cavernas.
Já a ilha sul é mais selvagem e suas paisagens com picos nevados e fiordes são sua marca registrada.
Confira, a seguir, portanto, as atrações da Ilha Norte da Nova Zelândia.
Auckland – a cidade mais populosa da Nova Zelândia
Auckland é a cidade mais populosa da Nova Zelândia e situa-se na Ilha Norte.
Ela é uma cidade moderna e cosmopolita, com inúmeros arranha-céus, ao passo que é toda entrecortada pelo mar.
À esquerda do centro de Auckland, encontramos o Winyar Quarter , que era uma região portuária mas que atualmente está revitalizada.
Nos cais do Winyar Quarter frequentemente vemos iates milionários ancorados.
Ali fica também o interessante mercado de peixes (Fish Market).
Atravessando o Viaduct Harbour, chega-se à região do Britomart e do Waitemata Harbour, a elegante orla do coração da cidade.
Em Britomart e Waitemata Harbour há vários bares, restaurantes, galerias, bem como lojas.
Uma forma alternativa (e divertida) de explorar o bairro é alugar um patinete elétrico.
A vista da cidade é dominada pela altíssima Sky Tower. Além de ser o cartão postal de Auckland, ela oferece uma fabulosa vista panorâmica. É possível subir até o topo da torre, mediante o pagamento de um ingresso.
Por outro lado, no último andar da torre há um restaurante muito elegante, o Sugar Club, e quem vai ao restaurante não precisa pagar o ingresso de subida.
É necessário efetuar uma reserva antecipadamente no Sugar Club para refeições. Contudo, é possível entrar no restaurante para tomar drinks, sem necessidade de reserva.
A vista a partir de lá é incrível.
Cavernas Brilhantes de Waitomo
Uma das atrações mais populares da Ilha Norte da Nova Zelândia são as Cavernas Brilhantes de Waitomo.
Porém, como não há muitos alojamentos perto das cavernas, costuma-se dormir na pequena vila de Otorohanga, que fica a uma distância de aproximadamente 30 km.
Há três cavernas abertas à visitação em Waitomo: Glowworm Cave, Aranui Cave e Ruakuri Cave. A entrada é paga separadamente em cada uma delas, sendo possível, por outro lado, fazer combos, combinando 2 ou 3 das cavernas.
É preferível comprar seu ingresso antecipadamente, pelo site oficial, pois a entrada de pessoas às cavernas é limitada. É possível, ainda, fazer rafting juntamente com a visitação, pagando um preço adicional.
Confira, a seguir, cada uma das cavernas:
Glowworm Cave
A Glowworm Cave é a mais famosa delas. Além de conter estalactites e estalagmites – formações em calcário comumente encontradas em cavernas – suas paredes e teto são repletas de pequenos vermes que brilham no escuro, fazendo o lugar parecer, então, um céu estrelado. A luminosidade emitida pelos vermes é azulada e provém de suas fezes, que servem sobretudo para atrair insetos. Parte do passeio é feita a pé, ao passo que a parte final é feita em um barquinho.
Ruakuri
A caverna Ruakuri é muito bonita, contendo diversas estalactites e estalagmites, porém, com menos vermes brilhantes. A descida até suas profundezas é feita em uma rampa, em forma de espiral. Dessa forma, é possível avistar de perto os vermes brilhantes e suas intrincadas teias, que parecem linhas que pendem da pedra. A caverna contém, ainda, fósseis, além de ser cortada por um rio.
Fósseis:
Rio que corta a caverna:
Aranui
A caverna Aranui também tem interessantes formações em calcário. Ao lado de fora dessa caverna há uma gostosa área de piquenique e uma pequena trilha na mata.
Rumo ao vulcão Tongariro
Uma das atrações mais incríveis na Ilha Norte da Nova Zelândia é trilha do Vulcão Tongariro.
A pequena cidade de Turangi é um dos pontos de partida para o Parque Nacional de Tongariro e já é possível avistar o imponente vulcão a partir da estrada:
Tongariro Alpine Crossing: a melhor trilha da Ilha Norte da Nova Zelândia
Não sem razão, a trilha “Tongariro Alpine Crossing” é considerada a melhor trilha de um dia da Ilha Norte da Nova Zelândia, bem como uma das mais belas do mundo.
A trilha conta com 20 km e leva-se aproximadamente 7h30 para percorrê-la.
Dessa forma, é preciso acordar antes de o sol nascer e dirigir até o ponto final da trilha, deixando o carro em um dos estacionamentos da Ketetahi Road. Em seguida, apanha-se um micro-ônibus até o início da trilha (estacionamento Mangatepopo).
Em suma: deixa-se o carro no final da trilha e apanha-se um micro-ônibus até o ponto de início da caminhada. Por fim, quando finalizamos a caminhada, chegamos ao nosso próprio carro, que foi previamente deixado no estacionamento.
Normalmente, os hotéis locais ajudam a reservar esse transporte e é fundamental fazer isso de antemão, com antecedência de ao menos um dia.
O vulcão de Tongariro ainda está ativo, o que proporciona lindas paisagens, com gêiseres, lagos coloridos, crateras e formações rochosas. Há fumaça emergindo de buracos na terra em diversos pontos, juntamente com um constante cheiro de enxofre. Durante o percurso, passamos pela cratera sul, cratera vermelha, Emerald Lakes, cratera central, Blue Lake, bem como cratera norte.
Cratera vermelha:
Emerald Lakes:
Cratera Norte:
No mês de outubro, ainda há neve no vulcão, mas, em contrapartida, parte dos lagos ainda está congelada.
Ao final da trilha, é possível avistar o Lago Rotoaira e, aos fundos, o grande lago Taupo, o maior da Nova Zelândia.
O nível de dificuldade dessa trilha é médio, podendo ela ser percorrida, portanto, por uma pessoa que tenha um razoável condicionamento físico. Esse trecho que percorremos é parte de uma trilha maior, que dura alguns dias.
Taupo
A linda cidade de Taupo fica às margens do lago que leva o mesmo nome e que é o maior lago da Ilha Norte da Nova Zelândia.
Huka Falls – a cachoeira mais famosa da Nova Zelândia – Ilha Norte
Nos arredores de Taupo, situa-se a Huka Falls, a cachoeira de águas azuis mais visitada da Ilha Norte. Ela é parte do maior rio da Nova Zelândia, ou seja, o rio Waikato. O local é bem sinalizado, ao passo que o estacionamento fica a um minuto de caminhada da cachoeira.
Há vários mirantes igualmente distribuídos ao longo do rio.
Wairakei Terraces
Não muito longe da cachoeira, encontra-se o Wairakei Terraces, uma estância termal, onde águas mornas escorrem sobre camadas de calcário, formando, dessa forma, piscinas naturais.
Anexo às termas, está o SPA, onde é possível passar o dia relaxando em piscinas quentes, pelo valor de NZ$25,00.
Parque Wai-O-Tapu
Entre as cidades de Taupo e Rotorua, situa-se o incrível parque geotérmico Wai-o-Tapu, um dos parques mais visitados da região. Ele é repleto de piscinas naturais coloridas, formadas pelo resultado das atividades vulcânicas das redondezas. É um ponto absolutamente imperdível em um roteiro na Ilha Norte da Nova Zelândia!
As diferentes cores da água se devem aos elementos químicos e minerais presentes no solo, sobretudo ao enxofre. Logo na entrada, após o pagamento do ingresso, o visitante recebe um mapa do parque, que mostra os três circuitos. Percorre-se, primeiramente, o Circuito Vermelho, que inclui:
– Devil’s home, Rainbow Crater, Thunder Crater e Devil’s Ink pot (a imagem abaixo é do Devil’s Ink pot).
– Paleta do artista:
– Opal pools:
– The Champagne Pool, que é a maior nascente do parque e igualmente seu cartão postal, contando com 62 metros de profundidade. A temperatura natural da água é de 74 graus e, graças à presença de dióxido de carbono, ela solta continuamente pequenas bolhas – daí o nome piscina de champanhe. Os minerais presentes na água são ouro, prata, mercúrio, enxofre, arsênio, bem como o tálio, que se depositam nas margens e são responsáveis pela diferente coloração.
– Devil’s bath: o enxofre ali presente confere à lagoa essa cor incrível, ou seja, verde limão.
O Circuito Laranja, por outro lado, inclui vistas panorâmicas da parte inferior do parque:
E, finalmente, o Circuito Amarelo inclui alguns gêiseres, fumarolas, penhascos, a Frying Pan Flat, Oyster Pool e o imenso lago de águas verdes Ngakoro:
Rotorua: o coração da cultura Maori
A cidade de Rotorua é o epicentro da cultura Maori e onde ela ainda subsiste de forma mais forte. Ali há, inclusive, uma Vila Maori, com casinhas típicas.
Quem são os Maoris?
Os Maoris são descendentes dos Polinésios e foram o povo que habitou a Nova Zelândia em primeiro lugar. Mesmo atualmente eles mantêm bastante viva sua herança cultural (seus hábitos, por exemplo, danças, canções, sua luta – a famosa Hakka, vista nos jogos de rugby, entre outros). Eles chegaram à Nova Zelândia pelo oceano Pacífico, entre os anos 1000 e 1200 d.C., sendo que os europeus apenas em 1642 ali pisaram.
Parque Te Puia
Em Rotorua situa-se o parque Te Puia, um dos parques mais visitados da cidade. O ideal é comprar os ingressos antecipadamente, porque as apresentações tem horário predeterminado. Além de gêiseres e piscinas de lama borbulhante, o parque conta com a reprodução de uma vila Maori típica, onde há apresentações de dança haka.
A haka é a dança de guerra dos Maoris e é inclusive performada nos jogos de rugby do famoso time All Blacks.
A apresentação no Te Puia é muito interessante, durante a qual eles encenam a haka e outras tradições de sua cultura.
Além disso, os artistas convidam os espectadores ao palco e ensinaram alguns passos da haka.
Há espetáculos diurnos e noturnos, sendo que os noturnos oferecem jantar, por um preço adicional (a comida é tipicamente maori e cozida dentro do solo, pelo calor do vulcão).
O ingresso inclui, ainda, um tour pelo parque, com guias locais.
A primeira parada é uma câmara escura onde são criados dois pássaros kiwis, a ave que é símbolo da Nova Zelândia. Eles estão em extinção e têm hábitos noturnos, então o parque os cerca de cuidados, tentando recriar seu habitat natural.
Esta é a réplica de um kiwi, que está no museu do parque. Ele tem o tamanho de uma galinha.
Na foto abaixo, a réplica de um ovo.
Em seguida, passa-se por piscinas de lama borbulhante, pelo gêiser Pohutu, um dos maiores do hemisfério sul, e pelo gêiser Prince of Wales’ Feathers.
Por fim, é possível visitar a Escola Nacional de Entalhe em Madeira e a Escola Nacional de Tecelagem, com exibições de como os Maoris desenvolvem essas artes.
Coromandel – as belas praias da Ilha Norte da Nova Zelândia
A imperdível península de Coromandel é um dos lugares mais fabulosos da Ilha Norte da Nova Zelândia. A costa acidentada conta com curiosas formações rochosas e o cenário é completado pelas belas praias.
Hahei é a melhor cidade para explorar as belezas da península, pois ela está estrategicamente posicionada no mapa.
À noite, um agradável local para se tomar cerveja é o bar The Pour House.
Hot Water Beach
A curiosa praia Hot Water Beach, em Coromandel, tem algo que nenhuma outra praia tem: ela mistura a água gelada do mar com águas termais quentes.
Isso porque, sob as areias da praia, há um lençol freático aquecido por atividades vulcânicas. Dessa forma, os banhistas ficam por ali, cavando buracos e relaxando nas poças de águas quentes (tão quente que podem queimar a pele!).
A Hot Water Beach fica a aproximadamente 10 km de Hahei e praticamente todos os hotéis das imediações oferecem pás, que podem ser usadas pelos hóspedes na divertida empreitada.
Se possível, não deixe de fazer o tour de caiaque em Coromandel. Fizemos com a empresa Kayak Tours, que oferece um passeio de 3 horas, em uma extensão de 7,5 km.
Remando, passamos por cavernas, falésias, ilhotas e por lindas praias.
Passamos, por fim, pela pela magnífica Cathedral Cove.
Cathedral Cove
De tão bela, a praia de Cathedral Cove foi cenário de gravação do filme “As Crônicas de Nárnia – Prince Caspian”.
O tour se estende, ainda, até as ilhotas localizadas em frente à costa, que são repletas de focas, bem como de leões-marinhos, que ficam tomando sol nas pedras.
É igualmente possível chegar à praia de Cathedral Cove a pé, por trilha (e que leva em torno de 1h/1h30).
A trilha é bem demarcada e além disso oferece uma vista de tirar o fôlego.
Porém, aqueles que não são muito afetos a atividades físicas podem fazer esses passeios em barco motorizado.
Thames
Há mais de uma opção de estradas ligando Auckland a Coromandel. Uma delas é a rota cênica chamada Costal Route, que é muito bonita.
Nesse percurso passa-se pelo pitoresco vilarejo de Thames, que é uma “heritage town” – ou seja, tombada pelo patrimônio histórico.
Por fim, não deixe de conferir nosso roteiro completo pela Nova Zelândia e nosso post sobre a Ilha Sul da Nova Zelândia.